Gasolina e diesel: veja como são calculados os preços

Um dos assuntos mais comentados dos últimos dias é o embate entre o governo e a Petrobrás. Isso porque os combustíveis estão cada vez mais caros e isso tem a ver com a cotação internacional do petróleo e a alta do dólar. Com isso, políticos estudam mudar a forma como o preço da gasolina e do diesel é calculado, dado que o atual preço não agrada os consumidores.

Contudo, para mudar a precificação da gasolina e do diesel, é preciso entender como o mercado calcula esses valores atualmente. Isso porque especialistas dizem que mudar a forma de cálculo dos preços pode fazer com que o Brasil fique sem combustível.

Como a Petrobrás calcula o preço da gasolina e do diesel?

A Petrobrás define o preço da gasolina e do diesel conforme a cotação internacional do petróleo e também do dólar. Por isso, quando esses dois produtos estão caros, como hoje, o consumidor vê o preço da gasolina subindo e o poder de compra do salário diminuindo. Isso porque os combustíveis afetam toda a economia.

O site da Petrobrás afirma que o cálculo tem cinco partes. A primeira é a parcela da empresa. Essa parcela, que representa 39,3%, representa o custo de extrair petróleo, refinar e até mesmo importar o combustível. Isso porque o Brasil precisa para abastecer todos os postos e não produz tudo o que precisa. Além disso, os impostos estaduais representam, em média, 24,2% do preço dos combustíveis. A distribuição e a revenda somam 13,8% do custo total do litro da gasolina, enquanto o custo do etanol anidro, mistura que vai na gasolina, representa 13,1% do preço final. Por último, os impostos federais somam 9,5% do preço total dos combustíveis.

Diante disso, especialistas alertam que os impostos ainda são uma boa parte dos custos da gasolina. Contudo, também apontam que boa parte do preço atual se deve à parcela da Petrobrás, que tem custo em dólar e, por isso, precisa repassar os custos.

Como seria uma mudança nos preços?

Uma mudança nos preços dos combustíveis está em pauta no cenário político. Atualmente, o presidente Jair Bolsonaro e o pré-candidato Lula já afirmam que querem mudar a forma do cálculo. Contudo, especialistas alegam que, caso o governo faça de forma errada, essa mudança pode gerar desabastecimento e, com isso, prejudicar ainda mais a população.

Isso porque os custos da Petrobrás passariam a ser calculados em reais. Dessa forma, o consumidor passaria a ter um combustível atrelado ao real, o que pode baratear a gasolina. Por outro lado, ao importar o produto, a empresa teria mais dificuldade em repassar o aumento de preços para os consumidores. Por isso, momentos de maior tensão no mundo causariam prejuízos para a estatal, que precisaria contar com o auxílio do governo para manter as operações.

Vale lembrar que a mudança de preços acontece para todas as empresas. Com isso, todas as empresas de refino e distribuição de gasolina e diesel sofreriam com a mudança.

Pedro Hostyn

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