O número de famílias endividadas no Brasil continua em nível bastante elevado. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento atingiu 78,9% das famílias em novembro.
Na comparação com o mês anterior, houve um leve recuo de 0,3 ponto percentual (p.p.) no endividamento dos brasileiros. Por outro lado, em relação a novembro de 2021, o número de famílias endividadas cresceu 3,3 p.p.
Vale destacar que o endividamento das famílias brasileiras cresceu 21% no ano passado, em relação a 2020. Esse forte avanço ocorreu devido à expansão de linhas de crédito mais caras e sem garantias. E a situação se agravou em 2022 devido à inflação e aos juros cada vez mais elevados no país.
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Inadimplência continua em nível recorde
Embora o endividamento tenha desacelerado no mês passado, o levantamento revelou que 30,3% das famílias do país tinham algum tipo de conta ou dívida atrasada. Nesse caso, o número se manteve estável em relação a outubro, mas cresceu 4,2 p.p. em um ano.
A saber, essa continua sendo a maior taxa de inadimplência já registrada desde o início da série histórica da CNC, em 2010. Isso quer dizer que a entidade nunca havia registrado uma taxa tão expressiva de inadimplência quanto a de outubro e novmbro.
Em resumo, a pessoa inadimplente é aquela que possui dívidas ou contas em atraso. A propósito, há alguns fatores que propiciam o aumento da inadimplência entre os consumidores, como manter mais de um cartão de crédito e não se atentar à própria saúde financeira e às datas de pagamento das contas.
Por fim, a CNC revelou que o cartão de crédito continuou liderando o meio de pagamento em que mais consumidores possuem dívidas (78,9%). A taxa ficou 0,3 p.p. inferior a de outubro, mas cresceu 3,3 p.p. na comparação com novembro de 2021.
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