Economia de Xangai desacelera no 1º trimestre com surtos de Covid-19

A China é a segunda maior economia global e vem se destacando desde o início da pandemia da Covid-19. Em 2020, por exemplo, figurou como a única grande economia do planeta a crescer, apesar da decretação da crise sanitária, que derrubou o PIB das grandes nações globais.

Os resultados positivos foram possíveis, em parte, graças a Xangai. A saber, esta é a maior e mais populosa cidade do país asiático e um núcleo financeiro global. No entanto, os impactos da Covid-19, dos quais a cidade conseguiu fugir nos últimos tempos, vêm afetando fortemente a sua economia em 2022.

Em resumo, Xangai encerrou o primeiro trimestre deste ano com um crescimento econômico de 3,1%, na comparação com o mesmo período de 2021. O avanço ficou significativamente menor que a expansão econômica da China no trimestre, de 4,8%.

Vale destacar que o PIB de Xangai cresceu 8,1% em 2021, taxa bem mais expressiva que a registrada no início deste ano. Essa desaceleração ocorreu devido aos surtos de Covid-19 na cidade, que provocou o confinamento de milhões de pessoas.

Em suma, quanto mais gente confinada, menor o número de pessoas trabalhando e fazendo a economia girar. Aliás, este cenário não se limita a Xangai. Na verdade, diversas cidades chinesas estão sofrendo com números recordes de casos de Covid-19 devido à variante Ômicron. E isso preocupa todo o planeta, que teme a desaceleração da segunda maior economia global.

Veja mais detalhes da desaceleração econômica de Xangai

No primeiro trimestre de 2022, Xangai também viu a sua produção industrial cair, bem como as vendas no varejo. Estes recuos são raros para a cidade e evidenciam a gravidade da Covid-19.

“Em janeiro-fevereiro, a operação econômica da cidade ficou estável, mas devido ao impacto do surto de Covid em março, o primeiro trimestre foi marcado por estabilidade seguida de declínio”, afirmou o departamento de estatísticas da cidade em comunicado.

Xangai começou a relatar casos de Covid-19 no início de março. A situação se agravou no decorrer do mês e, no início de abril, o governo da cidade declarou lockdown para toda a população de Xangai, que tem 25 milhões de pessoas.

A expectativa é que os resultados do segundo trimestre venham ainda mais fracos do que os do primeiro trimestre, caso a situação permaneça como está. Aliás, a economia de Xangai nos três primeiros meses de 2022 ficou 6,7% menor do que os dados do mesmo período de 2020. O futuro é incerto e preocupante.

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Ruan Samarone

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