Dólar cai em dia de decisão do Copom sobre taxa básica de juros básico do país

O dólar recuou 0,15% no pregão desta quarta-feira (4), fechando o dia cotado a R$ 5,1838. A saber, a moeda variou entre R$ 5,1650 e R$ 5,2460 na sessão, mas teve leve variação até o final do dia. Com o resultado, a moeda americana voltou a apresentar desvalorização ante o real na parcial de 2021, agora de 0,07%.

Em resumo, o dia ficou novamente marcado pela expectativa em torno da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Na verdade, os últimos pregões evidenciaram o receio dos investidores com a provável elevação da taxa básica de juros do Brasil, a Selic.

A propósito, o Copom definiu hoje a política monetária do país e elevou a Selic em 1,0 ponto percentual, de 4,25% para 5,25% ao ano. Esse avanço já era esperado pelos economistas, uma vez que a inflação do país segue nas alturas. E o próprio Copom afirmou que a Selic deve encerrar o ano acima de 6,50%.

Em suma, o aumento da Taxa Selic desaquece a economia, pois esse movimento também puxa consigo os juros praticados no país. Dessa forma, a oferta de crédito fica limitada, uma vez que a população precisará pagar juros mais caros pelos créditos adquiridos. E isso enfraquece a inflação, que tende a cair.

Veja o que mais influenciou a cotação do dólar no dia

Além disso, os Estados Unidos divulgaram os dados da criação de empregos no setor privado em julho. Em suma, o número de novos postos de trabalho vieram abaixo das expectativas e decepcionaram os mercados. No mês passado, os EUA criaram 330 mil empregos, contra 680 mil vagas criadas em junho.

No cenário doméstico, os investidores continuaram mostrando preocupação com a situação fiscal do país. O que motiva o temor são as recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre um aumento de 50% do valor médio do Bolsa Família, que atualmente é de R$ 192.

Muitos operadores se perguntam de onde o governo irá tirar dinheiro para turbinar o programa. E o medo do calote nos precatórios voltou a se fortalecer. Contudo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que os precatórios sofrerão calote.

Leia Mais: Emprego na indústria cresce pelo 11º mês seguido, aponta CNI