A conta de luz no Brasil é a segunda mais cara do mundo. De acordo com a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), os brasileiros continuam pagando muito caro para ter energia elétrica em casa. Aliás, nem mesmo a redução nos preços registrada esse ano conseguiu mudar a posição do país no ranking.
De acordo com o levantamento, o valor dos encargos nas contas disparou 47% em relação às taxas cobradas há cinco anos. Isso quer dizer que a conta de luz ficou muito mais cara nos últimos anos. Em 2021, o consumidor sofreu com as cobranças extras nas contas devido às bandeiras tarifárias.
Em resumo, a Abrace revelou que o custo de energia no Brasil, em relação à renda per capita, é o segundo maior do planeta. A saber, o país só fica atrás da Colômbia, entre 33 países pesquisados. Veja abaixo as dez maiores taxas do custo de energia:
- Colômbia: 50,4
- Brasil: 34,2
- Turquia: 21,8
- Chile: 21,5
- Portugal: 19,8
- Polônia: 19,6
- Letônia: 19,1
- Eslováquia: 18,5
- Espanha: 18,0
- República Tcheca: 15,7
Em outras palavras, a conta de luz pesa bem mais para os brasileiros que para a população de economias desenvolvidas, como Estados Unidos e Canadá, por exemplo. Países como China e Chile, emergentes como o Brasil, também possuem um custo bem menor de energia elétrica. Inclusive, a conta de luz compromete até 25% do orçamento familiar mensal, segundo a Abrace.
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A saber, apenas 53,5% do valor pago em tributos e subsídios está ligado à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. O restante se refere a políticas públicas, impostos e ineficiências do setor. E todo esse custo bilionário se propaga por toda a cadeia produtiva do setor.
“A sociedade paga e paga muitas vezes. Toda vez que um brasileiro compra um frango congelado, uma camiseta ou um caderno para o filho levar para a escola está pagando a energia embutida naqueles produtos. Hoje em dia, numa família, um quarto do que ela gasta por mês é com energia”, afirmou Paulo Pedrosa, presidente da Abrace.
Por fim, a última divulgação do ranking aconteceu em abril, ou seja, três meses atrás. Nesse período, o Brasil deixou a bandeira tarifária escassez hídrica de lado e voltou a adotar a bandeira verde, que não promove cobranças extras na conta de energia. Contudo, o país não conseguiu se mover no ranking e o valor pago pelos brasileiros continuou como o segundo maior do mundo.
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