A conta de luz deve fechar o ano 9,8% mais cara que em 2021. Os brasileiros que pensaram que a bandeira verde traria algum desconto nos valores cobrados precisam repensar essas ideias. Isso porque o consumidor pagará ainda mais caro este ano para ter energia elétrica em casa.
De acordo com um estudo realizado pela TR Soluções, a conta de luz deverá ter uma alta média de quase 10% em 2022. A saber, a TR é uma empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia. E essa projeção indicada supera as estimativas para a inflação do país, que deverá ficar em torno de 8% neste ano.
Em resumo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou os reajustes tarifários de 20 distribuidoras do país. Em média, a variação destes reajustes ficou em 13,57%. O destaque foi a alta promovida pela empresa Enel Distribuição Ceará, de 23,99%.
Vale destacar que 33 concessionárias vão passar pelo processo de revisão tarifária. Com isso, os reajustes deverão ter uma alta média de 5,6%, taxa duas vezes menor que o reajuste médio observado no primeiro semestre deste ano.
Segundo a TR Soluções, há uma perspectiva de aporte de R$ 5 bilhões em relação às outorgas de hidrelétricas da Eletrobras. Esse valor será direcionado ao orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano, o que ajudará a desacelerar os reajustes nas contas de luz.
As projeções da TR Soluções indicam que aporte resultará em uma redução média na ordem de 2,5 pontos percentuais nos reajustes tarifários deste ano.
Além disso, a empresa também considerou a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre energia elétrica. Em suma, a lei federal reduz o imposto, limitando a cobrança dos estados a alíquotas máximas entre 17% e 18% do ICMS.
Seja como for, o consumidor do país deverá sentir uma conta de luz mais cara neste ano. Aliás, em 2023, o aumento deverá ser ainda maior, visto que a bandeira verde, que não promove cobrança extra, deverá seguir durante todo este ano, mas não há previsão para que ela se mantenha no ano que vem.
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