O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que desde o final do ano passado está nos Estados Unidos, deve participar no final deste mês de um evento que tratará sobre meio ambiente e sustentabilidade, um dos temas que mais sofreram críticas durante a sua gestão.
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Segundo informações reveladas pela Geoflorestas em sua página no Linkedin, o evento, um seminário, está programado para acontecer no próximo dia 30 na Flórida, nos Estados Unidos, justamente na cidade em que Bolsonaro está há mais de dois meses.
A Geoflorestas foi uma das empresas participantes do programa “Adote um Parque”. Criado durante a gestão de Bolsonaro, a iniciativa nasceu com o foco em atrair recursos privados a unidades de conservação florestal.
No entanto, conforme publicou nesta segunda-feira (13) o portal “UOL”, um documento disponível no site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mostra que a companhia, em setembro do ano passado, anunciou a desistência de fazer um investimento de R$ 141 mil na reserva extrativista Chocoaré-Mato Grosso, no Pará.
O evento está marcado para acontecer no dia seguinte à data que foi divulgada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, para o retorno de seu pai ao Brasil. Na semana passada, o parlamentar foi às redes sociais dizer que o ex-chefe do Executivo voltaria ao país no final do mês, mas acabou apagando a postagem minutos depois.
Bolsonaro participar de um evento sobre a meio ambiente e sustentabilidade é curioso, visto que a gestão do ex-presidente foi amplamente criticado por sua gestão ambiental durante os quatro anos que esteve à frente do Executivo. O desmatamento em alta da Amazônia durante o governo de Bolsonaro teve forte concentração em terras públicas sob jurisdição federal, o que indica uma ausência de fiscalização e controle.
Segundo uma reportagem feita pelo jornalista Carlos Madeiro, do portal “UOL”, um levantamento feito pela Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revelou que 80% de todo o desmatamento da Amazônia ocorreu em terras federais em 2022, durante o último ano de Bolsonaro como presidente. Segundo esses dados, foram 8.443 km², o que equivale a 5,5 vezes a área da cidade de São Paulo – para se chegar a esses dados, o estudo utilizou satélites para detectar áreas desmatadas.
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