Bancada evangélica faz mutirão para virar votos contra PL das Fake News

A cúpula da bancada evangélica está tentando promover uma estratégia que tem como foco aumentar o coro contra o Projeto de Lei (PL) das Fake News e, desta forma, angariar votos suficientes para barrar o projeto. De acordo com o canal “CNN Brasil”, na segunda (01), a diretoria da Frente Parlamentar Evangélica decidiu dividir tarefas entre seus principais membros com o objetivo de inviabilizar a aprovação do PL.

Segundo a emissora, em um primeiro momento, foi realizado um mapeamento de quem não compareceu na votação da urgência – este grupo virou alvo preferencial do grupo. Em um segundo momento, foi criado uma lista com deputados que podem migrar o voto para “não”. Por fim, listou-se aqueles deputados que ficarão responsáveis por correr atrás dos votos contrários em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Conforme a “CNN Brasil”, em uma outra frente, a cúpula da bancada decidiu acionar lideranças evangélicas para que seja possível pressionar parlamentares com telefonemas e postagens nas redes sociais. “Teve até pastor encarregado de entrar em contato com o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que trabalha pela aprovação do PL”, afirmou o canal.

Essa ideia de ir contra o PL acontece porque a bancada evangélica enxerga que o projeto cerceia a liberdade de expressão nas redes, algo que vem sendo refutado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB), criador do projeto, e também por parlamentares que apoiam a medida.

Assim como explicou o Brasil123, o projeto em questão tem como objetivo, dentre outras coisas, obrigar que provedores sejam representados por pessoa jurídica no Brasil. Além disso, o projeto também visa criminalizar a divulgação de conteúdos falsos por meio de contas automatizadas, as chamadas contas-robô e ainda:

  • Responsabilizar os provedores pelos conteúdos de terceiros cuja distribuição tenha sido impulsionada por pagamento;
  • Determinar que as plataformas digitais mantenham regras transparentes de moderação;
  • Determinar a retirada imediata de conteúdos que violem direitos de crianças e adolescentes;
  • Estabelecer remuneração pelo conteúdo jornalístico utilizado por provedores;
  • E estender a imunidade parlamentar às redes sociais.

Nesta terça-feira (02), Arthur Lira vai avaliar se vai ou não manter a votação do projeto. Essa decisão será tomada após uma conversa dele com líderes partidários – até o momento, não existe um consenso em relação ao texto e o chefe da Casa consultará lideranças sobre se há votos para aprovar a projeto antes de pautar o projeto em plenário.

Leia também: Senador defende abertura de inquérito contra Google; entenda

Alisson Ficher

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