A balança comercial brasileira encerrou 2021 com um superávit primário de US$ 61,008 bilhões. O valor corresponde a uma disparada de 21,1% em relação ao saldo de 2020, de US$ 50,393 bilhões após revisão. A saber, o Ministério da Economia divulgou os dados nesta segunda-feira (3).
Embora o resultado superavitário tenha sido bastante expressivo, ficou abaixo do esperado pelo governo. Na última revisão das projeções do Ministério da Economia, em setembro, as projeções indicavam um superávit primário de US$ 70,9 bilhões em 2021.
Aliás, o valor projetado já havia ficado bem abaixo da estimativa anterior, de US$ 105,3 bilhões. Mesmo reduzindo as estimativas, o resultado veio abaixo do esperado. E o saldo não ficou menor graças ao superávit de US$ 3,948 bilhões em dezembro, que superou as projeções do mercado. O valor superou em 39,7% o superávit de dezembro de 2020.
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De acordo com dados do Ministério da Economia, o superávit em 2021 resulta da subtração das exportações (US$ 280,394 bilhões) pelas importações (US$ 219,386 bilhões). A propósito, os envios para o exterior cresceram 34% na comparação com 2020, enquanto as compras feitas pelo Brasil de outros países disparou 38,2%.
Em suma, o aumento dos preços das commodities impulsionou o resultado da balança comercial brasileira no ano passado. Isso porque estes produtos, que possuem cotação básica, como alimentos, petróleo e minérios, tiveram forte valorização em 2021. Ao mesmo tempo, a alta do dólar contribuiu ainda mais com o resultado expressivo no ano.
O Ministério da Economia também destacou o crescimento de 62,4% das exportações de produtos da indústria extrativa. A saber, os itens com os maiores avanços foram minério de ferro (+72,9%) e petróleo (+54,3%). Por sua vez, os insumos e produtos intermediários registraram o maior crescimento em relação às importações (+45,7%).
Por fim, o Ministério da Economia projeta um superávit comercial de US$ 70,9 bilhões em 2022.
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