A pobreza no Brasil teve uma queda temporariamente após a liberação do Auxílio Emergencial. De acordo com o estudo divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), cerca de 15 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza até agosto de 2020, contabilizando uma queda de 23,7%.
A FGV definiu pobreza pela renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50).
Para Marcelo Neri, coordenador da pesquisa, o país ainda registra um número de 50 milhões de pobres, mesmo com essa queda.
“De maneira geral, a gente observou um boom social inédito, mesmo comparando com períodos pós-estabilização, que foram períodos de boom social. Em toda a série estatística a pobreza nunca esteve num nível tão baixo, são 50 milhões de brasileiros. A queda foi realmente inédita, de acordo com as séries estatísticas”.
A redução de pobreza chegou a 30,4% na Região Nordeste e a 27,5% no Norte do país. No Sul, a redução foi de 13,9%; no Sudeste de 14,2% e no Centro-Oeste a queda na pobreza chegou a 21,7%.
A FGV Social informou que essas regiões consistem a maioria do público-alvo do Auxílio Emergencial. “O Brasil, nos nove meses do auxílio emergencial, até o final do ano, pretende gastar R$ 322 bilhões, cerca de nove meses são nove anos de Bolsa Família, uma injeção de recursos bastante substantivo”, destaca Neri.
Mercado de trabalho
Na contrapartida, Neri informou que os brasileiros que recebem acima de dois salários mínimos per capita perderam 4,8 milhões de pessoas na pandemia e os dados do mercado de trabalho demonstram forte retração.
“Houve uma queda de renda de 20%. O índice de Gini teve um aumento muito forte, que é o índice de desigualdade. A renda do trabalho da metade mais pobre caiu 28%. Então guarda um certo paradoxo na pesquisa. As rendas de todas as fontes tiveram um aumento espetacular, principalmente na base da distribuição, enquanto a renda do trabalho, que deveria ser a principal renda das pessoas, teve uma queda igualmente espetacular, especialmente também na base da distribuição. O que explica esse paradoxo é a atuação do auxílio emergencial, que atingiu no seu pico com 67 milhões de brasileiros”.
Com a retração do topo e a subida da classe base, as camadas intermediárias tiveram um aumento de 21,4 milhões de pessoas, o que equivale à quase metade da população da Argentina. Ele ainda lembra que a queda na pobreza é temporária, e que tende ser totalmente revertida com o fim do pagamento.
“O boom social ocorrido em plena pandemia é surpreendente, mas enseja uma preocupação, porque a sua principal causa, que é o auxílio emergencial, generoso, que foi concedido, ele cai à metade agora em outubro, e depois é totalmente extinto em 31 dezembro. Então, a nossa estimativa é que esses 15 milhões que saíram da pobreza vão voltar à velha pobreza de maneira relativamente rápida. Isso equivale a cerca de meia Venezuela em termos populacionais”, disse o pesquisador.
É verdade às coisas nó nosso Brasil está cada vez mais melhorando qom os projetos que foi apriqados é qontenua qom mais projeto então nós possamos dizer que algumas coisas mudou é quntenua mudando é isso aí P Bolsonaro que Deus te abençoe sempre A mem é uma boa noite pra todos