O mês de novembro registrou o terceiro recorde seguido no aumento dos preços do setor de borracha e plástico no país. A saber, a variação chegou a 3,58% na comparação com outubro, que também já havia quebrado a subida recorde registrada em setembro. Em resumo, houve alta de 2,76% em setembro, maior aumento já registrado em um mês desde o início da série histórica, em dezembro de 2009. Já em outubro, o indicador cresceu 3,02%, tomando para si o recorde, que foi novamente superado em novembro.
Além disso, vale ressaltar que este é o sexto aumento seguido nos preços do setor de borracha e plástico. Com isso, a atividade acumula, de janeiro a novembro de 2020, uma variação de 16,09%. Este é o maior resultado do setor neste indicador em toda a série histórica. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira, dia 5.
Em resumo, o resultado apresentado pelos preços do setor faz parte do Índice de Preços ao Produtor (IPP). Nesse caso, o indicador analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Ou seja, o IPP mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Veja as principais influências para o aumento recorde dos preços
De acordo com o IBGE, os produtos que exerceram as maiores influências no aumento dos preços pertencem ao grupo de fabricação de material plástico. Eles são: tubos ou canos de plásticos, não reforçados, para construção civil, filmes de material plástico (inclusive BOPP) para embalagem, sacos de material plástico para embalagem ou transporte e artigos de plástico para uso doméstico.
Em síntese, esses quatro produtos somados exerceram influência de 1,78 ponto percentual (p.p.) no aumento dos preços do IPP. Dessa forma, os outros 27 produtos da atividade contribuíram com 1,80 p.p. Ou seja, os quatro primeiros produtos exerceram uma influência comparável aos outros 27, mesmo possuindo uma quantidade quase sete vezes inferior.
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