Vendas do setor de biscoitos, massas, pães e bolos crescem 9% em 2020

A pandemia da Covid-19 impactou negativamente diversas atividades econômicas no ano passado. Contudo, um setor alimentício registrou um crescimento firme em suas vendas em 2020: o de biscoitos, massas, pães e bolos. Pelo menos é o que indica um levantamento realizado pela consultoria Nielsen.

Em resumo, a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (Abimapi) reportou que as vendas do setor chegaram a R$ 40,5 bilhões em 2020. Esse montante corresponde a uma elevação de 9% em relação ao faturamento verificado no ano anterior (R$ 37,1 bilhões).

Além disso, o levantamento indica que houve a venda de 3,5 milhões de toneladas de produtos do setor. Isso equivale a um crescimento de 6% na comparação com 2019.

De acordo com a Nielsen, o primeiro semestre de 2020 impulsionou esse resultado. Para lembrar, a pandemia da Covid-19 foi decretada em março, e muitos consumidores encheram seus carrinhos com medo de desabastecimento dos supermercados. Felizmente, isso não aconteceu.

Para se ter uma ideia,estes segmentos alimentícios movimentaram R$ 9,6 bilhões apenas nos quatro primeiros meses do ano passado. Dessa forma, tiveram uma alta de 5% na comparação com o mesmo período de 2019 (R$ 9,1 bilhões).

 

Veja mais detalhes das vendas do setor

Segundo a pesquisa, o segmento de pães e bolos industrializados garantiram destaque em 2020. Isso porque registraram um crescimento de 12% no volume de vendas. A propósito, essa alta aconteceu, pois muitos consumidores preferiram estocar os produtos. Em seguida ficaram as massas secas (6%) e os biscoitos (2%), com crescimentos menos expressivos.

Vale ressaltar que, apesar das vendas de biscoitos terem aumentado, houve uma forte limitação devido à suspensão de aulas presenciais. Assim, a categoria acabou perdendo ocasiões de consumo em escolas, bem como em escritórios.

Ao mesmo tempo, o auxílio emergencial contribuiu para o desempenho do setor, pois aumentou o poder de compra da população.

Por fim, o presidente-executivo da Abimapi, Claudio Zanão, indica que o setor não deve ter um aumento tão expressivo em 2021. “A expectativa é alcançar um crescimento de 3% a 5% em faturamento em 2021 das categorias Abimapi. Mesmo com o afrouxamento gradual das medidas de distanciamento social, as pessoas ainda se sentem inseguras para retornar ao consumo fora do lar”, afirmou.

 

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