Nesta última terça-feira (16), o laboratório de diagnósticos Dasa informou a identificação de um novo caso da nova variante britânica da Covid-19 na Baixada Santista, região litorânea de São Paulo. De acordo com o pesquisador José Eduardo Levi, que também atua no Laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical da USP (IMT-FMUSP), essa é a cepa que surgiu no Reino Unido. A descoberta da variante circulando pelo litoral foi comunicada logo à Vigilância Sanitária.
Sequenciamento genético identificou a variante britânica da Covid-19
A confirmação da variante britânica se deu por sequenciamento genético, que foi realizado em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP. O paciente que foi confirmado com a variante é enfermeiro, tem 45 anos e mora em Peruíbe, no litoral de São Paulo.
Veja como funciona a confirmação de uma nova variante:
Além desse caso, outro é investigado na região, de um morador de Santos. Ainda não há data exata para o resultado do exame. Nos dois casos, a notificação da possibilidade de infecção pela variante britânica ocorreu em janeiro. O teste utilizado pelo laboratório Dasa usa o mesmo reagente que é utilizado no Reino Unido. Os resultados dos exames apresentam uma leve alteração quando estão em contato com a variante, indicando algo que diverge de outros casos positivos comuns de Covid-19.
Assim, quando a alteração é percebida, as amostras são enviadas para o Laboratório de Genética das infecções, comandado pela professora e pesquisadora Ester Sabino. Então, o sequenciamento genético é realizado. A partir disso, o laboratório notifica o Instituto Adolfo Lutz e a Vigilância Sanitária, que podem, inclusive, optar por refazer os testes e incluir os casos das variantes, como a variante britânica, nas estatísticas oficiais.
O estado de São Paulo, que já está lidando com a propagação da variante de Manaus, agora também se prepara, portanto, para lidar com a possível circulação da variante britânica no estado.