Após o anúncio do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de que a vacinação contra o novo coronavírus terá início em 25 de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) utilizou as redes sociais para falar sobre a imunização nacional.
De acordo com o presidente, a vacinação contra a Covid-19 estará disponível para todos os brasileiros e não será obrigatória. Ou seja, somente aqueles que assim o desejarem serão imunizados contra o vírus. O anúncio foi feito na tarde da última segunda-feira, 7 de dezembro, por meio das redes sociais do presidente.
Entretanto, até o momento, não existe uma vacina contra a Covid-19 que tenha sido aprovada pela Anvisa. Anteriormente, o Instituto Butantan tentou firmar parceria com o Ministério da Saúde para aplicação da CoronaVac nacionalmente. Contudo, a tentativa foi sem sucesso, devido a resistência do presidente. Em outubro, Bolsonaro afirmou que “não compraremos a vacina da China”. Em contrapartida, quatro outros países deverão utilizar a CoronaVac para imunização da população: China, Indonésia, Chile e Turquia. Dentre eles, a Turquia deverá começar a vacinação de sua população em 11 de dezembro.
A estratégia adotada para vacinação nacional fará parte do Plano Nacional de Imunização (PNI).
Vacinação deve atrasar por falta de insumos
Apesar disso, existem ainda outros obstáculos que podem atrasar o calendário de imunização. Pois, caso não haja uma rápida movimentação por parte do governo brasileiro, o país poderá sofrer com a falta de diversos insumos. Como resultado, o país ficaria sem o material necessário para realizar a vacinação nacional, mesmo após autorização da Anvisa.
Desse modo, poderão faltar insumos como seringas, agulhas, luvas descartáveis e até mesmo algodão para aplicação das vacinas. De acordo com representantes dos setores responsáveis pela fabricação desses itens, o governo ainda não os contatou para a realização de novas compras. Acima de tudo, os representantes temem que não consigam cumprir os prazos necessários para fabricação.