Vacinação contra a Covid-19 evitou 445 mil casos e 22 mil mortes na Itália

Um estudo divulgado pelo Instituto Superior de Saúde da Itália (ISS) nesta quinta-feira, 25, identificou que, durante os primeiros nove meses deste ano, a vacinação contra a Covid-19 evitou que 445 mil cidadãos fossem infectados pelo novo coronavírus, além de deixar que outros 22 mil fossem a óbito. O levantamento foi publicado no jornal acadêmico Eurosurveillance, apontando que no mesmo período, a campanha de imunização também foi capaz de evitar 79 mil hospitalizações e quase 10 mil internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

 

Vacinação contra a Covid-19 evitou 445 mil casos e 22 mil mortes na Itália. (Imagem: Yari Nardi/Reuters)

 

Os dados também indicam que entre julho a agosto a cobertura vacinal da Itália conseguiu atingir 60% da população do país com 20 anos de idade ou mais. Além do mais, das 22 mil mortes evitadas, 71% têm mais de 80 anos de idade. Esta foi a primeira faixa etária capaz de atingir elevadas coberturas vacinais para evitar o maior risco de morte da Covid-19.

No total, 18% das vítimas que foram evitadas compunham a faixa etária de 70 a 79 anos de idade, sendo que 8% estavam na faixa entre 60 a 79 anos e 2% entre o grupo de adultos com menos de 60 anos de idade, a última faixa etária a ser imunizada. Na falta da imunização, a taxa estimada para as internações seria de 1.592 a cada 100 mil habitantes entre as pessoas com mais de 80 anos. Fora isso, 871 compõem o grupo de 70 a 79 anos de idade e 595 para entre 60 e 79 anos e 214 para menos de 60 anos. 

O estudo também avaliou as infecções registradas semanalmente entre janeiro e setembro, as quais resultaram em hospitalização, entradas na UTI e mortes dentro de 30 dias após a infecção. Os dados do estudo italiano estão em uma linha com a pesquisa divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a qual aponta que 35 mil mortes foram evitadas na Itália entre dezembro de 2020 a novembro de 2021. 

De acordo com o presidente do ISS, Silvio Brusaferro, “Os estudos são importantes porque revelam como as pessoas vacinadas têm um risco muito menor de terem consequências graves da infecção. Embora já não haja dúvidas sobre a importância desta ferramenta, em conjunto com as outras que temos como distanciamento e máscaras, ainda milhões de pessoas não estão protegidas”.

Mesmo diante das perspectivas apresentadas, a Itália irá intensificar as restrições contra a Covid-19 para as pessoas não vacinadas. A determinação foi dada pelo primeiro-ministro Mario Draghi. 

Desta forma, a partir do dia 6 de dezembro, a apresentação do comprovante de vacinação será uma exigência em toda a Itália, para permitir o acesso a restaurantes em locais fechados, cinemas e eventos esportivos. Até então, bastava a realização e apresentação de um teste negativo para Covid-19.

Laura Alvarenga

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