Nesta terça-feira (11), o Ministério da Saúde suspendeu a vacinação de grávidas e puérperas com comorbidades com a vacina da AstraZeneca/Oxford. O anúncio foi feito um dia após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar a suspensão imediata da vacinação de gestantes com o imunizante.
O motivo que levou a Anvisa a solicitar a suspensão da vacina da AstraZeneca/Oxford para grávidas foi a morte de uma gestante que havia recebido o imunizante. O caso está sendo investigado e ainda não há conclusão de que a vacina tenha causado o AVC (Acidente Vascular Cerebral) que causou o óbito.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou que a decisão de suspender a vacinação de grávidas com a vacina da AstraZeneca/Oxford foi baseada em “critérios exclusivamente técnicos” e “tomada por especialistas de amplo respaldo nacional e internacional”.
“O caso precisa de mais algumas informações para ser fechado, então, é um provável caso, mas ainda não foi confirmado a causalidade. Então há necessidade de complementação”, disse Franciele Francinato, coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações).
Grávidas devem tomar a CoronaVac ou a vacina da Pfizer
A suspensão vale somente para a vacina da AstraZeneca/Oxford. Dessa forma, a imunização de grávidas e puérperas com comorbidades ligadas à Covid-19 seguirá com a CoronaVac e a vacina da Pfizer/BioNTech.
“Aquelas gestantes que têm comorbidade e não tomaram nenhuma dose ainda, elas devem procurar o serviço de saúde para se vacinar ou pela vacina Pfizer ou pela CoronaVac. E as gestantes vão ser acompanhadas por um período de 30 dias por questão dos eventos adversos. As unidades de saúde estão orientadas”, afirmou Franciele.
Em sua recomendação, a Anvisa afirmou que as vacinas só devem ser usadas em situações não previstas na bula quando há acompanhamento médico individual.
“O uso ‘off label’ de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, diz a nota emitida pela Anvisa.