O colunista Ricardo Feltrin, do site Splash Uol, nesta quarta-feira (15), obteve com exclusividade trechos de conversas entre Marcius Melhem e Dani Calabresa. O ator é acusado, desde 2020, de importunação sexual e assédio, mas tenta provar que a relação com a comediante era consensual.
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As conversas mostram um clima amistoso entre eles e indicam, inclusive, flertes recorrentes. Na mensagem mais antiga, datada em 2016, Calabresa escreveu: “Obrigada, você me trouxe para trabalhar, mas vc não tem ideia de como sou feliz no Zorra. 2 anos de um trabalho feliz demais! OBRIGADA (emojis com beijinho e corações)” ao que Melhem responde: “Meu amor. Eu que agradeço a confiança. Fico feliz demais com a sua indicação. Tá só começando. Vamos juntos”.
Um ano depois, em 2017, eles brincam sobre ter trocado nudes e a ex-esposa de Marcelo Adnet ainda se declara: “Te amo, Marcius. Obrigada mil vezes, beijos”. Em depoimento, no entanto, Dani afirma que Melhem arrancou o celular de sua mão quando soube das fotos eróticas e que ficou “constrangida” com os comentários dele. Duas testemunhas no processo negam que Melhem arrancou o celular dela e frisam que ela mostrava as fotos de modo espontâneo.
Dani Calabresa mantém sua versão da história
Em sua mais grave acusação, Dani revela que Marcius tentou forçá-la a entrar em um banheiro com ele em novembro de 2017. Mensagens pelo Whatsapp, no entanto, depois da festa revelam que os dois teriam trocado beijos de forma consensual: “Não lembro o que a gente ‘falou’, só dos 7 GINS que eu tomei? E de alguns beijos”, escreveu a comediante.
No bate-papo, inclusive, os dois se referem à uma amiga em comum, a executiva Maíra Perazzo, que também teria ficado com Marcius naquela noite. Em depoimento na Justiça, Maíra disse que não viu nenhum assédio e que Calabresa não comentou nada à respeito disso com ela.
O ator George Sauma, apontado por Dani como uma das pessoas que lhe protegeu de Marcius, negou ter visto qualquer assédio. Além disso, outras duas testemunhas garantem que tudo foi consensual. Entre os 30 depoentes, 12 negam qualquer conduta imprópria de Marcius, enquanto outras dez dizem que “ouviram falar sobre”, mas nunca viram nada do tipo.
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