Três policiais foram denunciados por um empresário do ramo de cassinos. De acordo com o turista, esses profissionais, que pertencem à Polícia Civil, ameaçaram ele com o objetivo de roubar quase R$ 1 milhão em criptomoedas durante viagem a Alto Paraíso de Goiás, cidade localizada no Nordeste goiano.
Segundo informações do portal “G1”, o caso aconteceu no sábado (05) e, nesta segunda-feira (07), um dos agentes, Wiliam da Silva Ribeiro, foi preso pela Polícia Militar (PM) em Cristalina, no Distrito Federal.
A Polícia Civil informou que dois dos suspeitos estavam ainda em período de estágio. Não suficiente, a corporação relatou que todos os acusados estão sendo investigados pela Gerência de Correições e Disciplina da corporação.
No boletim de ocorrência, consta que William, o único agente preso e com o nome revelado, “assumiu a autoria dos fatos relatados”. Esse mesmo profissional ainda relatou que os outros dois policiais “tomaram um rumo desconhecido”. Com esse agente, a PM apreendeu uma arma, munição, carregador portátil, notebook, celular e carteira.
O crime segundo o empresário
De acordo com a vítima, o crime aconteceu no momento em que ela estava saindo da pousada em que estava hospedada. Na ocasião, no horário de almoço, o turista foi abordado pelos agentes, que estavam em um veículo preto da marca Land Rover.
Neste momento, informou o empresário, os policiais chegaram armados com pistola, fuzil e metralhadora afirmando que eram policiais e sabiam que o empresário atuava no ramo de cassinos no exterior. Por conta disso, eles forçaram o homem a mostrar suas contas bancárias cadastradas em aplicativos de celular e fazer uma transferência das criptomoedas que ele tinha.
Segundo o empresário, para intimidá-lo, os agentes, além de estarem armados, também mostraram para ele imagens de pessoas próximas a ele que poderiam ser “localizadas” caso ele não fizesse a transferência.
Não suficiente, o empresário ainda contou que os policiais perguntaram para ele se ele sabia de outras pessoas que também tinham grandes quantidades de dinheiro em criptomoedas. Ameaçado, ele contou que revelou “alguns nomes aleatórios”.
À Polícia Civil, por fim, o empresário disse que, depois de fazer a transferência exigida, os homens deram a ele o prazo de 24h para que mais dinheiro fosse transferido para eles. Pelo contrário, familiares do turista, segundo os suspeitos, iriam morrer.
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