Transações com criptomoedas passam a ser ilegais na China

Quem tem interesse em criptomoedas, com certeza passará bem longe da China. A saber, o país proíbe desde 2017 o comércio de moedas digitais. No entanto, a prática ocorre até hoje em dia. Por isso, o governo chinês aumentou fortemente a repressão às criptomoedas em junho, derrubando o bitcoin.

Nesta sexta-feira (24), um comunicado foi publicado no site do banco central chinês. Em resumo, o Banco Popular da China informou que todas as transações envolvendo criptomoedas são ilegais no país. De acordo com o comunicado, a decisão possui dois objetivos principais: manter a segurança nacional e garantir a estabilidade social.

Na verdade, o país tenta cumprir a promessa feita recentemente de eliminar todas as atividades ilegais nas transações com moedas digitais, incluindo o bitcoin. Além disso, o país também prometeu decretar uma proibição em todo o território em relação à mineração desses ativos.

Vale destacar que, em junho, antes da repressão do governo, a mineração na China alimentava quase 80% do comércio mundial de criptomoedas. No entanto, no final de junho, autoridades da província de Sichuan, na parte ocidental da China, ordenaram o fechamento de 26 minas em apenas uma semana.

Em suma, a mineração é um processo que envolve muitos cálculos, realizados por computadores superpotentes. A propósito, a mineração verifica as transações realizadas no mercado de criptoativos, mas isso requer um uso enorme de energia. A título de comparação, um levantamento da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, realizado em fevereiro deste ano, apontou que os bitcoins consumiam mais energia do que toda a Argentina.

Veja mais detalhes sobre a decisão da China

A repressão do governo chinês às criptomoedas acontecem, porque o país prometeu reduzir as emissões. E a mineração de bitcoins, maior e mais famosa criptomoeda do mundo, poderia atrapalhar os objetivos climáticos da China.

Em síntese, as instalações com uso intensivo de carvão no país eram tão grandes no início deste ano, que poderiam acabar com o compromisso ambiental de Pequim de atingir o pico das emissões de carbono até 2030. O país ainda pretende tornar as emissões neutras em carbono até 2060, e a mineração de criptomoedas não permitia isso.

Por isso, dez agências do governo chinês e reguladores de títulos e câmbio se comprometeram a aumentar a repressão às transações de criptomoedas. A saber, o banco central da China proibiu agências de câmbio a fornecerem serviços para investidores chineses via internet. As instituições financeiras, empresas de pagamento e de internet também estão proibidas a facilitar operações com criptomoedas no país.

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Ruan Samarone

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