Uma tenente da Polícia Militar (PM) do Ceará foi presa acusada de abandono de posto depois que ela tirou seu fardamento. De acordo com as informações, a agente tomou a atitude porque foi lavar a roupa, que estava manchada porque ela estava menstruada.
Segundo as informações, apesar de ter vindo à tona nesta quinta-feira (18), o caso aconteceu no último dia 28 de outubro. Na ocasião, ela foi abordada no alojamento feminino do quartel, enquanto estava sem sua farda, por um tenente-coronel, que a questionou pelo fato dela estar sem a vestimenta oficial.
Em entrevista ao portal “Metrópoles”, a agente, que não revelou seu nome, explicou que este mesmo tenente-coronel, que é seu superior, a levou para Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar de Fortaleza, onde ela acabou sendo presa. Ainda conforme a tenente, ela foi liberada somente no outro dia, depois que passou por uma audiência de custódia.
PM nega a versão da agente
Em nota, a PM relatou que, em depoimento, o superior da tenente disse que ela foi presa depois de ter sido “flagrada saindo do quartel, sem uniforme e sem autorização superior, no horário em que deveria estar de serviço”. Ainda conforme a corporação, ela afirmou que iria almoçar e “não procede informação de que a mesma estaria lavando o fardamento na ocasião”.
Versão da tenente é diferente
Essa versão da PM, todavia, não é a mesma da tenente, que em seu depoimento, disse ter alertado o seu superior sobre o porquê estava sem a farda.
“Perguntada de que forma e qual a extensão do problema da sua farda molhada, a tenente respondeu que foi ao banheiro e acabou molhando sua farda por lá e que está passando um período que toda mulher passa, e a farda sujou em razão disso”, consta no termo de interrogatório da agente.
Ainda no depoimento, ela relatou que pediu, mas seu superior não deixou que ela utilizasse o fardamento novamente. Além disso, ela também conta que não conseguiu nem almoçar no dia, pois o tenente-coronel determinou que ela o acompanhasse. Na ocasião, ela recebeu voz de prisão.
Por fim, a PM, além de negar novamente o caso, relatou que um agente precisa sempre estar uniformizado, mas que, em último caso, quando houver algum fato fortuito, “deve-se informar de imediato ao seu superior hierárquico, o que não teria sido feito pela policial militar no referido caso”.
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