SURPREENDENTE: Seis de cada dez brasileiros estão com o nome sujo

Foi realizada uma pesquisa referente a brasileiros com nome sujo e, conforme a pesquisa “O Endividamento do Mercado de Trabalho”, aproximadamente 60% dos brasileiros empregados estão endividados. A saber, foi elaborada pela Pilla, fintech brasileira que atua na área de recursos humanos. Em suma, a maioria dos entrevistados contraiu dívidas devido a empréstimo (29,3%). Para esclarecer, o levantamento reúne a opinião de 3.000 brasileiros empregados e foi feita no período de 14 janeiro a 14 abril de 2023.

Vale destacar que outras formas de contrair dívidas foram a partir de compras no varejo (27,44%) e também, devido a falta de pagamento da fatura do cartão de crédito (21,8%). Além disso, contas de luz, água, além de telefone e/ou gás também são motivos do endividamento de 18,8% das pessoas entrevistadas. Enquanto isso, o cheque especial responde por apenas 3,76%. 

Em síntese, o endividamento é apontado pelos colaboradores entrevistados devido a gastos inesperados (50,62%). Encaixa-se uma emergência médica ou um reparo inesperado, por exemplo. Assim, custos mensais mais altos que o salário (22,05%); ainda, o impulso na hora de gastar (14,91%); deixar a rotina financeira em segundo plano (14,91%); ou dificuldades com os números e cálculos (7,14%), foram, da mesma maneira, justificativas levantadas. 

Referente à renegociação de dívida, 73% dos endividados buscaram os credores para renegociarem dívidas. Apesar disso, 73% das dívidas renegociadas não são quitadas por seus devedores. E também, 71,8% do total negociado não é quitado. De uma maneira resumida, o valor médio de dívidas não pagas é de R$ 1.348,31 e o valor de dívidas pagas é menos da metade, R$ 668,90.

Saúde financeira dos brasileiros

Também é importante salientar outras descobertas da Pesquisa da Pilla sobre o Endividamento do Mercado de Trabalho são: 

  • 79% dos cidadãos empregados não possuem sobra de recursos no final do mês. Assim, a falta de recursos disponíveis acaba impedindo que as pessoas poupem, o que as deixa cada vez mais vulneráveis ao endividamento.
  • Dentre os brasileiros empregados inadimplentes, 86% recorrem a empréstimos. Vale dizer, porém, que recorrer a empréstimos para pagar despesas básicas é um claro sinal de que muitas pessoas vivem acima de suas possibilidades financeiras.
  • Mais da metade (57%) dos entrevistados que estão trabalhando afirmam que possuem algum tipo de restrição no CPF. Assim, essas restrições no CPF são resultados de dívidas em atraso ou pendências financeiras, que devem prejudicar a imagem da pessoa diante de bancos e instituições financeiras. Com isso, impedir o acesso a ofertas de crédito mais saudáveis.
  • 44% afirmam não ter a quem recorrer em casos de emergência. Conforme o levantamento, 26% dizem contar com recursos emergenciais e, neste caso, para três meses apenas.
  • 40,87% dos empréstimos são feitos a partir do cartão de crédito e 24,93% com amigos ou parentes. No caso, porém, do empréstimo via instituições financeiras foi uma opção de 15% dos entrevistados, enquanto o crédito consignado representa 13,33%. Aliás, agiotas correspondem a 2,9%.
  • Sobretudo, o levantamento da Pilla mostra que mais de 60% dos profissionais endividados têm expectativas de quitar as suas dívidas pessoais ainda este ano, com 40% estão buscando pagá-las em seis meses. Todavia, cerca de 6% dizem que não vão conseguir fazê-lo.

Nome Sujo pode virar caso de saúde

Antes de mais nada, a falta de uma rede de apoio financeiro pode levar muitas pessoas ao estresse e a buscar por soluções rápidas e, em muitos casos, desesperadas para resolver seus problemas financeiros. Dessa forma, o estresse financeiro pode levar à falta de sono, à perda de apetite, a uma sensação constante de preocupação e angústia. Esses, sem dúvidas, são fatores que podem afetar diretamente a produtividade e o desempenho do colaborador no trabalho. 

Nesse sentido, a Pilla aponta que a dívida tira o sono do funcionário e os RHs das empresas podem ter um papel muito importante para ajudar os seus funcionários, ao fornecer orientações sobre alfabetização financeira. Dessa forma, o colaborador pode lidar com o desafio de endividamento pessoal. 

Por outro lado, a falta de recursos disponíveis pode levar o colaborador a buscar por um crédito mais caro, o que o deixa cada vez mais distante de realizar seus sonhos. Ainda conforme a Pilla, a área de recursos humanos das empresas pode agir conscientizando cada funcionário sobre a importância de controlar as suas dívidas. E, com isso, ampliar o seu conhecimento financeiro, de maneira que o colaborador esteja apto a tomar decisões mais conscientes e evitar problemas futuros.

Fabiola Ribeiro

Recent Posts

Você usa bicarbonato de sódio errado? Veja o erro que pode custar caro!

Você já ouviu dizer que o bicarbonato de sódio é um santo remédio para plantas?…

49 minutos ago

Confira o calendário do programa Mães de Pernambuco 2025

O programa Mães de Pernambuco 2025 já está movimentando as expectativas das mamães pernambucanas. Com…

1 dia ago

Pé-de-Meia Licenciaturas: o que você precisa saber sobre as regras de manutenção

O Pé-de-Meia Licenciaturas é uma das iniciativas mais aguardadas por estudantes que buscam formação superior…

2 dias ago

Bolsa Família e Auxílio Gás: veja as datas de pagamento do mês de agosto

Agosto chegou trazendo uma boa notícia para quem depende do Bolsa Família e do Auxílio Gás. Saber…

3 dias ago

PIS/PASEP: Pagamento final do abono salarial é realizado nesta semana – confira se você tem direito

Chegou o momento decisivo para milhares de trabalhadores brasileiros: o pagamento final do abono salarial…

1 semana ago

Descontos ilegais: INSS devolve R$ 1 bilhão a beneficiários afetados

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) surpreendeu milhares de pessoas ao anunciar a devolução…

1 semana ago