Silvero Pereira revelou, em entrevista exclusiva para a revista Quem, na tarde desta terça-feira (1), que fará um boletim de ocorrência contra o síndico – e a filha dele – após ataques. O ator foi ofendido e ameaçado após celebrar a vitória de Lula como o novo presidente do Brasil.
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Assustado com a situação, o intérprete de Zaquieu no remake de ‘Pantanal’, da TV Globo, diz que já procura um novo local para morar: “Estou indo abrir um boletim de ocorrência de ameaça, insulto e constrangimento contra ele e contra a filha dele. Me sinto coagido no condomínio e com muito medo, tanto que já decidi sair e procurar um novo local para morar”.
Para a publicação, inclusive, ele forneceu maiores detalhes do embate que ocorreu do lado de fora de seu condomínio, localizado no Rio de Janeiro: “O síndico e o seu filho vieram até mim, com o jovem pedindo calma ao pai, que se direcionava ao portão. Neste momento, percebi a situação e indaguei: ‘Vai me bater?’. O filho pediu para eu ficar quieto. O síndico disse que iria apagar o refletor da rua, e eu disse: ‘Ok, me desculpe, então. Achei que iria me bater’. Então, o síndico disse: ‘Respeite o condomínio'”.
“Nesse momento, a filha veio aos gritos comigo e quando eu disse: ‘Não estou desrespeitando em nada!’, ela esbravejou: ‘Respeite o meu pai, seu vagabundo’. Pedi para repetir e ela disse: ‘Vagabundo, você é um vagabundo’. Na saída do local, pois fui comemorar na avenida da Universidade, em Fortaleza, o síndico disse: ‘O que é seu está guardado, você terá consequências'”, lamentou ele.
Silvero Pereira não interpretará mais personagens trans e travestis
Silvero Pereira revelou em entrevista ao podcast ‘Papo de Novela’ do site GShow, em agosto deste ano, que não interpretará mais personagens trans e travestis. Ele alcançou a fama ao dar à vida a travesti Elis Miranda na novela ‘A Força do Querer’, da TV Globo, em 2017.
“O problema é mercado de trabalho. Hoje eu não faria a Elis Miranda, muito provavelmente. Porque eu também me reeduquei sobre essa história, e a gente precisa estar de acordo com as lutas e as causas. Depois de ‘A Força do Querer’, eu não aceitei mais nenhum personagem trans/travesti, e inclusive deixei de fazer meus espetáculos por causa disso”, começou ele, hoje ciente de que atores trans e travestis precisam ter as mesmas oportunidades.
Com a desigualdade de oportunidades, ele prefere se abster de pegar tais trabalhos: “Eu fui entendendo, sendo informado e compreendendo essa questão dentro do mercado. Se a gente aceita, a gente está impedindo o mercado de ir em busca dessas pessoas. (…) Hoje, nós não vivemos num mercado em que exista proporcionalidade. Se nós existíssemos dentro de um mercado de proporcionalidade onde as pessoas têm acesso ao estudo e à formação, aí sim a gente estaria em uma outra discussão”.
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