A polícia da Flórida, nos Estados Unidos, revelou, na terça-feira (31), que Roberto Wagner Fernandes, um serial killer brasileiro, foi o responsável pelo assassinato de três mulheres. De acordo com as informações, os crimes aconteceram há cerca de 20 anos e o acusado acabou morrendo algum tempo depois, em um acidente de avião no Paraguai.
Conforme a polícia, o serial killer viveu nos Estados Unidos nos anos 1990 e início dos anos 2000 e seus restos mortais precisaram ser exumados para que as autoridades americanas pudessem vincular o DNA do criminoso com os três assassinatos.
Segundo a agência de notícias “Reuters”, a polícia também investiga a participação do brasileiro em outros assassinatos. “Acredito que haja outros casos por aí e isso faz parte de nossa investigação em andamento”, disse à agência Zachary Scott, investigador que participa das investigações.
Antes de se mudar para os Estados Unidos, Roberto Wagner Fernandes foi acusado pelo assassinato de sua esposa, no Brasil, mas acabou sendo inocentado. Após o julgamento, ele se mudou para o país e passou a trabalhar como comissário de bordo e motorista de ônibus de turismo.
A investigação contra o serial killer brasileiro
Conforme a polícia dos Estados Unidos, os crimes cometidos pelo brasileiro tinham requintes de crueldade e tortura. Prova disso é que uma das vítimas, que tinha 35 anos na época, 2000, foi encontrada dentro de uma mala e uma outra, de 21, morta no mesmo ano, foi localizada dentro de uma mochila.
Além das duas, uma terceira vítima, de 24 anos, foi esfaqueada e seu corpo foi encontrado flutuando em um rio. Para solucionar os mistérios do caso, a justiça dos Estados Unidos resolveu retomar as investigações em 2020, quando os investigadores descobriram que o serial killer havia morrido no acidente aéreo e seu corpo estava enterrado no Brasil.
Com a ajuda da Polícia Federal, o corpo do brasileiro foi exumado e as amostras de seu DNA foram coletadas. Após as análises, constatou-se que os resultados correspondiam ao perfil das cenas dos crimes, que tiveram um culpado confirmado após mais de 20 anos.
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