Sérgio Reis e deputado Otoni de Paula são alvos de operação da PF

Agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram, nesta sexta-feira (20), mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o cantor Sérgio Reis e também contra o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ). Segundo a entidade, a ação apura a incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.

Em nota, a PF revelou que foram expedidos, pelo ministro Alexandre de Moraes, após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), 13 mandados de busca e apreensão. Com essas autorizações, agentes da corporação foram a 29 endereços:

• Um no Distrito Federal;
• Seis em Santa Catarina;
• Dois de São Paulo;
• E um em cada um dos seguintes estados: Rio de Janeiro, Mato Grosso, Ceará e Paraná.

“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, afirmou a Polícia Federal no comunicado.

Áudio de Sérgio Reis

O artista virou alvo da operação após ter feito um áudio defendendo a paralisação de caminhoneiros a fim de que o Senado fosse pressionado para instaurar processos com o objetivo de afastar ministros do STF.

Após a repercussão da gravação, subprocuradores-gerais pediram à PGR a abertura de uma investigação a respeito do caso de Sérgio Reis, que afirmou em entrevista ao jornal “O Globo” que se arrependeu de ter mandado áudio para amigo.

Deputado alvo da operação

Já o deputado Otoni não é um alvo novo da investigação. Isso porque ele foi denunciado em julho do ano passado após ter supostamente cometido crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes – as postagens foram excluídas por ordens da Justiça de São Paulo.

No vídeo, o deputado chamou Moraes de “lixo”, “tirano” e “canalha”, entre outras ofensas. Na ocasião, o parlamentar era um dos vice-líderes do governo Bolsonaro. Dias depois, ele pediu desculpas e afirmou que havia “extrapolado”.

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