O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) negou que tenha sido cúmplice dos atos do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), durante o tempo em que esteve presente no governo do chefe do Executivo. A fala do ex-juiz da Lava Jato foi feita durante o Brazil Conference 2022, no domingo (10).
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Na ocasião, ele foi questionado sobre os motivos que o levaram a aceitar a fazer parte do governo Bolsonaro. Respondendo a pergunta, ele afirmou que, na ocasião que aceitou o convite, não poderia avaliar a decisão “com os olhos de hoje”. Critico do governo de Bolsonaro desde que saiu do ministério, em abril de 2020, Sergio Moro afirma, no entanto, que não é “cúmplice” da, segundo ele, má gestão atual.
“Se eu fosse realmente um cúmplice dessas coisas erradas do governo Bolsonaro estaria lá até hoje como ministro da Justiça. Poderia ter virado ainda, se fosse cúmplice maior, um ministro do Supremo Tribunal Federal [STF]. Mas eu não me vendo por cargo”, disse Sergio Moro.
Apesar de não ser mais pré-candidato à presidência, Sergio Moro tem falado como se tal. No evento, inclusive, ele afirmou que, caso eleito, defenderá um “pacote ético”. Segundo ele, esse pacote contará com propostas como o fim da reeleição e do foro privilegiado.
“O que tenho defendido é que, além das reformas necessárias, nós precisamos de um pacote ético que passa pelo fim da reeleição para presidente da República. O fim do foro privilegiado para todo mundo. É um absurdo que temos no Brasil até hoje um foro privilegiado para autoridades que são tratadas como superiores a cidadãos comuns”, afirmou o ex-juiz.
De acordo com ele, esse pacote também incluiria a defesa da prisão após 2ª instância e medidas que visariam a “autonomia para órgãos de controle”, como mandatos de três a quatro anos para o diretor da Polícia Federal (PF), posição que teve seu comando alterado quatro vezes em três anos por Bolsonaro.
“Quando eu digo que é importante acabar com a reeleição para presidente da República é porque o presidente sinaliza que ele está disposto a fazer sacrifícios”, afirmou, finalizando que o STF proferiu “decisões lamentáveis” nos últimos meses que impuseram derrotas à Lava Jato.
Dentre essas decisões está a declaração de suspeição de Sergio Moro, o que acabou por anular as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi essa decisão que garantiu ao petista seus direitos políticos de volta, o que fez com que ele pudesse voltar ao páreo eleitoral.
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