Senado adia votação de projetos que visam frear o preço dos combustíveis

A votação de dois projetos criados para tentar frear a alta dos combustíveis foi adiada nesta quarta-feira (16) pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), relator dos textos. Os dois projetos haviam sido pautados pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e seriam votados nesta quarta.

De acordo com Jean Prates, o adiamento aconteceu depois da realização de uma reunião que contou com a participação de Rodrigo Pacheco e também de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.

“O processo legislativo demanda cautela e diálogo, e estamos avançando em busca de um entendimento que permita tramitação veloz na Câmara dos Deputados do texto que for aprovado no Senado”, disse o relator, completando que mais pessoas serão ouvidas “buscando uma solução que priorize os mais pobres”.

Nas últimas semanas, muito tem se falado na tentativa de reduzir os preços dos combustíveis retirando os tributos federais. Além de PEC dos Combustíveis, o governo também propôs a criação de um fundo de estabilização. No entanto, nenhuma das propostas foi para frente e agora o governo trabalha com a ideia da aprovação de um projeto de lei que ao menos amenize a atual situação.

Falta de consenso sobre o ICMS no Senado

Na terça (15), Jean Prates apresentou uma versão preliminar do texto que visa mudar as regras usadas hoje para calcular o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS). No entanto, ainda não há consenso no Senado sobre o assunto.

A versão do senador é diferente da apresentada em outubro pela Câmara e foi feito depois que o Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) manifestou-se no sentido de que o Senado rejeitasse o texto aprovado pelos deputados.

Para o Comsefaz, a proposta aprovada na Câmara, caso vire lei, acarretará, “fatalmente, em um aumento de carga tributária”. Por conta disso, a entidade defende que seja aprovada uma proposta que crie uma conta de estabilização para o preço do petróleo e derivados.

A ideia está no texto do relator Jean Prates, mas, hoje, encontra resistência dos senadores, pois existe uma divergência sobre a criação de um imposto que iria incidir sobre a exportação do petróleo bruto – esse imposto seria utilizado para abastecer a conta de estabilização.

Leia também: Sergio Moro diz que se instituições tiverem autonomia ‘muita coisa’ sobre a gestão Bolsonaro vai aparecer

Alisson Ficher

Recent Posts

Confira o calendário do programa Mães de Pernambuco 2025

O programa Mães de Pernambuco 2025 já está movimentando as expectativas das mamães pernambucanas. Com…

19 horas ago

Pé-de-Meia Licenciaturas: o que você precisa saber sobre as regras de manutenção

O Pé-de-Meia Licenciaturas é uma das iniciativas mais aguardadas por estudantes que buscam formação superior…

2 dias ago

Bolsa Família e Auxílio Gás: veja as datas de pagamento do mês de agosto

Agosto chegou trazendo uma boa notícia para quem depende do Bolsa Família e do Auxílio Gás. Saber…

3 dias ago

PIS/PASEP: Pagamento final do abono salarial é realizado nesta semana – confira se você tem direito

Chegou o momento decisivo para milhares de trabalhadores brasileiros: o pagamento final do abono salarial…

1 semana ago

Descontos ilegais: INSS devolve R$ 1 bilhão a beneficiários afetados

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) surpreendeu milhares de pessoas ao anunciar a devolução…

1 semana ago

Bolsa Família em agosto terá adicional de R$ 108; confira as datas de pagamento

Além do valor regular do Bolsa Família, haverá um adicional de R$ 108 referente ao…

1 semana ago