Segundo Haddad “Se a economia desacelerar, teremos problemas fiscais”

Em meio ao debate ao lado do presidente do BC, Roberto Campos Neto, Haddad, ministro da Fazenda, disse que políticas fiscal e monetária devem andar juntas, para que com isso o Brasil volte a crescer.  

Além disso, Haddad, juntamente com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e da Simone Tebet, ministra do Planejamento, entre outras lideranças, participou de um debate sobre inflação, juros e crescimento. 

Haddad critica a taxa de juros alta

O Banco Central tem sido muito criticado pelo governo por manter a taxa básica de juros (Selic) 13,75% ao ano. Nesse sentido, a taxa básica de juros é um instrumento muito importante para que assim o BC controle a inflação. Auxiliando também como referência para as demais taxas da economia, e utilizada em negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia. 

Ainda assim, em uma das falas de Haddad ele disse: “Não vejo a política fiscal, a política monetária e a política prudencial separadas umas das outras, elas fazem parte da mesma engrenagem. Se a economia continuar desacelerando, por razões ligadas à política monetária, nós teremos problemas fiscais porque a arrecadação será impactada”

Ou seja, continuando com o que ministro da Fazenda disse, se não houver uma integração das políticas tanto monetária quanto fiscal, iremos ter dificuldade de fazer a economia brasileira girar, para que com isso ela venha crescer com sustentabilidade. 

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Setores da economia abalados

Portanto, o ministro da Fazenda concluiu que do jeito que se encontra a economia do Brasil, com muitos setores da economia afetados, que seria necessária uma harmonização, e a compreensão que isso é algo imprescindível para o crescimento do Brasil a partir do próximo ano. 

Além disso, Simone Tebet ao lado de Haddad reforça a declaração do chefe da equipe econômica dizendo: “Tem razão o BC quando diz que não podemos descuidar da inflação. É o pior e mais perverso imposto e quem o paga são os mais pobres. Mas não é contradição, porém, querer uma economia mais pujante com crescimento sustentável e duradouro”. 

Haddad também chama atenção para outro ponto, as renúncias fiscais

Com isso, Fernando Haddad, ao visualizar o quadro macroeconômico, que tanto a política monetária e a política fiscal, precisam ser algo integrado, com suas palavras ele disse: “O trabalho tem que ser a muitas mãos, um reforçando o trabalho do outro, o monetário fortalecendo o trabalho do fiscal, o fiscal, do monetário, e também o prudencial, porque nós estamos com vários setores da economia drasticamente afetados.” 

Portanto, diante de tais setores da economia afetados, o ministro precisou tomar medidas saneadoras para com isso recuperar as finanças públicas.

Com isso, em sua declaração, Haddad disse: “Para onde olhar? Qual é a maneira correta de fazer o ajuste sem penalizar aqueles que dependem do SUS, da escola pública, da universidade pública, da segurança pública, da assistência social e assim sucessivamente? A maneira que nós escolhemos de fazer o ajuste foi abrindo a caixa-preta das renúncias fiscais, o chamado gasto tributário.” 

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João Belarmindo

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