Secretário da Economia diz que reajuste para servidores só é possível cortando outra despesa

Na terça (16), o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), durante sua passagem pelo Bahrein, afirmou que, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios seja aprovada no Congresso, existe a possibilidade de o governo federal reajustar os vencimentos de todos os servidores públicos federais.

Logo após a declaração, o Brasil123 publicou uma matéria onde explicava que técnicos do Ministério da Economia haviam alertado o presidente de que tal reajuste não seria possível por falta de espaço no Orçamento.

Nesta quarta-feira, em entrevista ao canal “Globo News”, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, voltou a afirmar que não há espaço para o reajuste, acrescentando ainda que um eventual aumento só seria possível com o corte de outras despesas do governo.

“Para eu dar aumento de salário para servidores públicos, preciso reduzir alguma outra despesa. Se existe uma demanda democrática, legítima da sociedade, para darmos aumentos de salários para funcionários públicos, o que faremos? Teremos de mostrar que gastos serão reduzidos para esse aumento de despesas”, declarou.

Assim como o secretário, outro a comentar a declaração de Bolsonaro e afirmar que seria preciso cortar gastos para um reajuste foi o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). “Tudo em termos econômicos é a disputa entre disponibilidade e necessidade. Acredito que, se formos dar o aumento, precisamos cortar em outros gastos. Essa é uma decisão que compete ao presidente”, ressaltou ele nesta quarta em Brasília.

Bolsonaro ignorou alertas

Ao afirmar que poderia reajustar os vencimentos dos servidores, Bolsonaro demonstrou que, no mínimo, esqueceu o que ouviu da área técnica do governo há pelo menos três meses. Isso porque, de acordo com a Jornalista Ana Flor, da “Globo News”, membros do governo disseram que a aprovação da PEC não abriria espaço no orçamento para bancar o reajuste, visto que grande parte dos R$ 90 bilhões serão destinados ao pagamento do Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família.

Leia também: MP que recria Ministério do Trabalho é aprovada na Câmara

Alisson Ficher

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