Rotativo do cartão de crédito: entenda a discussão

Discussões no governo querem acabar, de forma definitiva, com o rotativo do cartão de crédito. A modalidade tem os juros mais altos do país, e é justamente isso que deve ser combatido nos próximos meses. Contudo, especialistas afirmam que a discussão não envolve apenas o governo, mas também as empresas privadas.

Por isso, hoje vamos entender o que pode mudar no rotativo do cartão de crédito, além de entender como isso impacta a sua vida financeira. Vale ressaltar que as mudanças ainda não ocorreram, mas existem grandes chances de acontecer.

O que pode mudar?

Alguns aspectos podem mudar na vida do rotativo do cartão de crédito, inclusive o governo pode acabar com a modalidade. No ano passado, a média dos juros da modalidade ficaram em 437% ao ano. A ideia do Banco Central é acabar com a modalidade e transferir a dívida para outra. O ponto negativo é que a alternativa do BC ainda tem taxas bastante altas.

Entenda como funciona o rotativo do cartão de crédito atualmente:

  • Ao atrasar o pagamento de uma fatura, o saldo devedor vai automaticamente para o rotativo. As taxas de juros da modalidade são as mais altas do Brasil.
  • Após dois meses de inadimplência, a dívida vai diretamente para o parcelado do cartão, que atualmente tem taxas de 9% ao mês, aproximadamente 181% ao ano.
  • Desde 2017, duas faturas após o acionamento do rotativo, o banco é obrigado a enviar a dívida para uma modalidade de juros mais baixos.

Com a nova regra, o Banco Central propôs acabar com o rotativo do cartão de crédito, transferindo a dívida diretamente para o parcelado do cartão de crédito. Com isso, o consumidor deixaria de pagar 437% ao ano para pagar 181% ao ano. Especialistas reiteram que a taxa ainda é extremamente alta e a medida pode não diminuir a inadimplência do produto. No rotativo, 49,1% das pessoas não pagam a dívida.

Como o fim do rotativo impacta sua vida?

Ao dar fim ao rotativo do cartão de crédito, o projeto pode salvar muita gente da inadimplência, que ainda é alta no país. Isso porque com o aumento das taxas de juros dos empréstimos, o atraso das dívidas foi mais recorrente, mas o custo desse atraso ficou mais caro. Por conta disso, o governo lançou o Desenrola Brasil, que renegocia esses débitos entre instituições e pessoas.

Por isso, se o rotativo do cartão de crédito chegar ao fim, de fato, atrasar a dívida de um cartão ficará com menos custos. Apesar disso, especialistas afirmam que o parcelado do cartão de crédito também tem juros altos. Dessa forma, o ideal é sempre pagar essas contas em dia. Em caso de atraso, busque acabar com o seu cartão, de forma a não se perder novamente com essa despesa.

Pedro Hostyn

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