Rodolfo Landim recusa convite para presidência do conselho da Petrobras

Rodolfo Landim, o presidente do Flamengo, indicado há poucos dias pelo presidente Bolsonaro para presidir o conselho de administração da Petrobras, como parte de uma mudança de liderança, disse que não poderia aceitar, para se concentrar em seu atual papel como presidente do clube de futebol carioca. 

Entenda o caso

O declínio da proposta feita pelo presidente Jair Bolsonaro veio após a derrota do Flamengo para o Fluminense no campeonato carioca no último sábado. “Apesar do tamanho e importância da Petrobras para o nosso país, e da enorme honra para mim de ocupar esse cargo, gostaria de informar que decidi desistir dessa indicação”, disse Landim.

“Os eventos recentes me mostraram a necessidade de todos nós nos comprometermos com um grau ainda maior de dedicação e foco no clube”, complementou. A Petrobras não comentou de imediato a decisão de Landim. No entanto, o Ministério de Minas e Energia disse que ainda está avaliando outra pessoa para presidir o conselho da empresa. 

Atuação de Landim

Rodolfo Landim é formado em engenharia de petróleo, trabalhou durante décadas na indústria de petróleo e gás, incluindo 26 anos na Petrobras. 

O presidente do Flamengo ingressou na Petrobras em 1980, chegando à chefia da divisão de gás natural. Em 2003, durante o primeiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, Landim foi indicado pelo governo como presidente-executivo da subsidiária da rede de postos Petrobras, a maior empresa varejista de combustíveis da América Latina, dirigindo a empresa até 2006.

Desse modo, a indicação de Landim para presidir o conselho de administração da estatal foi amplamente elogiada pelo mercado. Ele foi indicado ao lado do economista Adriano Pires, que substituiu o general Joaquim Silva e Luna como presidente-executivo. 

Crise dos combustíveis

Bolsonaro atacou a Petrobras, com sede no Rio de Janeiro, nas últimas semanas devido ao aumento dos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha em relação ao mês anterior, à medida que os índices globais de petróleo subiam após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Importante destacar que, até então, a Petrobras vinha definindo o preço do combustível com base no valor do petróleo Brent. Desse modo, à medida que o valor tem aumentado, há um impacto direto nas bombas de combustíveis. 

Como resultado, os preços do diesel subiram um quarto e os da gasolina 10% desde o início do ano, prejudicando os padrões de vida, especialmente nos bairros mais pobres. Em contraponto com o antigo governo do Partido dos Trabalhadores, a Petrobras foi forçada a reduzir artificialmente os preços dos combustíveis, uma política que levou quase a empresa à falência.

João Belarmindo

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