Imagine descobrir que o remédio de hipertensão que você ou alguém da sua família usa todos os dias pode conter partículas de vidro. Foi exatamente isso que motivou a Anvisa a suspender um lote específico de Furosemida em abril de 2025. Neste artigo, você confere os detalhes do alerta, aprende a identificar se possui o produto contaminado em casa e recebe um passo a passo para manter todos em segurança. Leia com atenção e compartilhe as informações com quem também depende dessa medicação.
O que levou à suspensão do lote 2411191
No dia 17 de abril de 2025, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou o recolhimento imediato do lote 2411191 da Furosemida 10 mg/ml solução injetável, embalagem com 100 ampolas de 2 ml, fabricada pela Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda. A razão foi a presença de fragmentos semelhantes a cacos de vidro em uma das unidades analisadas. Embora o problema tenha aparecido em apenas uma ampola, o potencial de dano é alto, o que justificou a decisão preventiva da agência.
“Suspender um único lote é uma medida de proteção coletiva. Mesmo um risco baixo se torna inaceitável quando falamos de medicamentos injetáveis”, informou a Anvisa em nota oficial.
O produto, bastante utilizado para controlar pressão arterial e tratar insuficiência cardíaca, tem validade até 30/11/2026. A Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul (SC) comunicou que a distribuição, venda e uso desse lote estão proibidos em todo o país até o fim da investigação interna conduzida pela fabricante.
Como verificar se o seu remédio de hipertensão faz parte do lote proibido
A identificação é simples e pode ser feita em menos de um minuto. Veja o passo a passo:
- Localize a caixa ou a ampola da Furosemida 10 mg/ml.
- Procure o número do lote impresso na lateral da embalagem ou no rótulo da ampola.
- Confirme a data de validade (30/11/2026 para o lote suspenso).
- Se encontrar o código 2411191, interrompa o uso imediatamente e siga as orientações do próximo tópico.
Caso a impressão esteja apagada ou surjam dúvidas, leve o medicamento a uma farmácia ou unidade de saúde para conferência profissional. Não arrisque utilizar um produto potencialmente comprometido.
Passo a passo para quem possui o lote contaminado em casa
Ao detectar que seu remédio de hipertensão pertence ao lote suspenso, adote as ações abaixo:
- Suspender o uso: não aplique nem administre o medicamento em hipótese alguma.
- Guardar a embalagem: mantenha o produto intacto para facilitar a rastreabilidade e o descarte correto.
- Notificar a Vigilância Sanitária local: entregue as ampolas para registro e eliminação segura.
- Informar o médico: ele poderá substituir por outro diurético ou ajustar a dose de acordo com o quadro clínico.
- Registrar o caso nos canais da Anvisa: a denúncia ajuda a agência a monitorar possíveis ocorrências semelhantes.
Jamais descarte o medicamento no lixo comum ou na pia, pois isso contamina o meio ambiente e dificulta o rastreio de novos incidentes.
Quais riscos à saúde o lote contaminado oferece?
Partículas de vidro em um medicamento injetável representam perigos sérios, especialmente para quem já possui algum problema cardiovascular. Os principais riscos são:
- Lesões internas no local de aplicação, podendo causar cortes nos vasos sanguíneos.
- Reações inflamatórias que evoluem para infecções graves.
- Embolia: fragmentos podem alcançar pulmões, cérebro ou coração, provocando complicações potencialmente fatais.
Se você ou outra pessoa recebeu a injeção antes de saber do recolhimento e apresenta dor, vermelhidão, febre ou falta de ar, procure atendimento médico imediatamente e mencione a possibilidade de contaminação.
Por que acompanhar os comunicados da Anvisa faz toda diferença
A Anvisa libera, fiscaliza e, quando necessário, retira do mercado produtos que oferecem riscos ao consumidor. Manter-se atualizado evita que erros de fabricação, armazenamento ou distribuição afetem sua rotina. Para isso, vale:
- Guardar sempre as embalagens originais dos remédios de hipertensão e de outras medicações.
- Conferir notícias no portal da Anvisa ou em canais confiáveis da imprensa.
- Seguir perfis oficiais em redes sociais para receber alertas em tempo real.
Esse cuidado simples pode impedir lesões graves e até salvar vidas, especialmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas.
Dúvidas frequentes sobre recolhimentos de medicamentos
Embora o problema de contaminação com cacos de vidro seja raro, recalls de medicamentos não são incomuns. De forma geral:
- Nem todo recolhimento indica falha de segurança generalizada; algumas vezes envolve apenas rotulagem ou validade.
- Ao contrário de alimentos, medicamentos devem ser devolvidos, não consumidos nem descartados em lixo doméstico.
- Substituições gratuitas ou ressarcimento costumam ser oferecidos pelo fabricante, desde que você apresente a nota fiscal ou embalagem.
Se o recolhimento afetar um remédio de hipertensão de uso contínuo, nunca pare o tratamento por conta própria. Consulte seu médico para ajustes de dose ou troca de princípio ativo.
Fique atento, compartilhe este conteúdo com familiares e amigos e ajude a divulgar práticas seguras no uso de medicamentos. Manter a saúde em dia começa pela informação correta.