O coronavírus pode dar quatro sinais de alerta. Em novembro de 2020 o Reino Unido estava em bloqueio total (lockdown). Assim, ninguém podia sair de casa, a não ser para realizar atividades consideradas essenciais, como ir ao mercado ou farmácia, ou quem realizava os trabalhos ditos essenciais. Gradativamente, as taxas de infecção começaram a cair no país, menos em Kent. Mesmo com a rigidez das imposições do governo para frear a contaminação pelo vírus, a Covid-19 continuava avançando naquele sudeste da Inglaterra, lotando os hospitais.
Por outro lado, literalmente, na África do Sul, uma nova onda de Covid-19 invadiu províncias, como o Cabo Oriental. No local a taxa de contaminação era altíssima, levando ao primeiro surto da doença no país.
Variantes mais contagiosas e sinais de alerta
E quando falamos no Brasil, vimos em Manaus uma crise nunca vista antes, causada pela contaminação com o novo coronavírus, com pico no dia 15 de janeiro. O cenário que vimos foram hospitais lotados e falta de oxigênio para todos. Você pode se perguntar o que esses casos têm em comum. Nas três situações citadas, as variantes tiveram papel principal, foram protagonistas do caos. A tendência infelizmente é que outras mutações surjam enquanto o vírus estiver em circulação.
Quatro sinais de alerta de variantes em circulação
De acordo com pesquisadores, são quatro os sinais de alerta mais importantes para monitoramento de novas variantes:
- Surto de hospitalizações;
- Evidências de reinfecção;
- Mudanças em sintomas e gravidade da doença;
- Alterações nas faixas etárias mais infectadas.
Ficar atento a esses sinais é primordial para identificar de forma rápida uma mutação perigosa, e, assim, tomar medidas preventivas para que a situação não se torne um verdadeiro caos.
De acordo com especialistas, esses quatro sinais são importantíssimos e fáceis de serem observados, logo, as autoridades de cada estado devem estar atentas a esses quatro itens, tomando medidas o mais cedo possível para frear a contaminação e reverter situações causadas pelas variantes. Os principais riscos são o vírus se tornar mais letal, mais contagioso e mais resistente a vacinas e ao sistema imunológico humano.
Como parar o surgimento de novas variantes?
Enquanto o vírus estiver em constante circulação, com taxas significativas de transmissão, existe o grande risco de novas variantes aparecerem, destaca a microbiologista Ana Paula Fernandes, pesquisadora do Centro de Tecnologia em Vacinas e Diagnóstico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Quanto mais pessoas infectadas numa população, maior a chance de aparecer variante”, diz Fernandes, que também é coordenadora da rede nacional de diagnósticos, que reúne universidades e institutos de pesquisa do Brasil para responder à pandemia.
“Sem medidas de contenção e sem uma ampla cobertura vacinal, pode ser que surja uma variante que vá burlar completamente as vacinas. Isso é uma preocupação.”
Medidas para reduzir a transmissão das variantes que dão sinais
Entre as recomendações de Fernandes e do virologista da FioCruz, Felipe Naveca, para reduzir a transmissão estão: usar máscaras profissionais, como N95, em ambientes fechados; tentar circular apenas ao ar livre ou em ambientes ventilados; abrir o vidro do carro, principalmente se estiver em táxi ou Uber; abrir as janelas de casa. Assim como evitar frequentar bares, restaurantes e outros locais de lazer que concentrem pessoas em local fechado; usar máscaras ao ar livre; lavar as mãos constantemente e usar álcool em gel.
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