Foi a psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, encontrada morta pelo seu marido amarrada dentro do porta-malas de um carro em agosto do ano passado em Pouso Alegre, Minas Gerais, que tirou sua própria vida. Essa afirmação foi feita nesta quarta-feira (16) pela Polícia Civil, que concluiu que a mulher tentou simular um homicídio.
Em nota, a corporação revelou que a perícia constatou que a psicóloga morreu por asfixia e intoxicação. O óbito aconteceu depois que ela se trancou dentro no porta-malas do veículo.
Psicóloga encontrada morta
Assim como publicou o Brasil123, a mulher foi encontrada morta pelo marido no dia 22 de agosto do ano passado. Na ocasião, o corpo de Marilda, que vestia uma roupa de ciclismo, estava amarrado dentro do carro.
Depois de analisar o corpo, a perícia constatou que não havia nenhum sinal de violência, e a chave do carro estava com a mulher. Além disso, averiguou-se que a casa também não tinha nenhum sinal de arrombamento ou furto.
O caso ficou complexo, segundo a polícia, quando surgiram sinais de que a psicóloga procurou ocultar que ela havia tirado sua vida, dando outra explicação para a sua morte. Para isso, ela despistou amigos e até mesmo seu marido, dizendo que iria fazer um passeio de bicicleta, mas, conforme os levantamentos, ela sequer saiu de casa.
Durante as investigações, cadernos, agendas e anotações da psicóloga foram analisados e constatou-se que ela tinha claros sinais de depressão e uma grande predisposição para o suicídio. Além disso, o laudo de necropsia comprovou ausência de lesão ou sinal de agressão no corpo da mulher.
Não suficiente, os médicos relataram que havia álcool e um medicamento barbitúrico, com propriedades sedativas e anticonvulsivantes que atua diretamente no sistema nervoso central, no corpo da psicóloga encontrada morta.
Segundo Rodrigo Bartoli em entrevista coletiva nesta quarta, “todos esses contextos permitiram concluir que ela praticou suicídio, montou esse cenário e algumas fantasias para demonstrar que seria um crime, porque ela não tinha essa coragem de praticar o suicídio perante pacientes e à sociedade”.
“Ela montou todo esse cenário porque queria ocultar e demonstrar que faleceu por homicídio, mas de maneira alguma tentou incriminar o próprio marido. A Justiça já manifestou pelo arquivamento do caso”, completou o delegado, finalizando que, em janeiro de 2021, ela já havia tentado se matar, mas seu marido impediu o ato.
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