Não será desta vez que o caminhoneiro e youtuber Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, saíra da cadeia. Isso porque, na quarta-feira (08), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos contra a soltura do apoiador assíduo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão dos ministros foi tomada após a Corte ter recebido um pedido de habeas corpus da defesa do bolsonarista contra a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou a prisão preventiva de Zé Trovão por conta do inquérito que apura a incitação a atos criminosos e violentos de protesto às vésperas do feriado de 7 de setembro.
Iniciado na sexta-feira (03), o julgamento do pedido, realizado em plenário virtual, deve ser encerrado no dia 10, mas a maioria dos ministros já seguiu o entendimento do relator do habeas corpus, o ministro Luís Roberto Barroso, que afirmou que “não há nos autos situação de teratologia [absurdo], ilegalidade flagrante ou abuso de poder”.
Em outro momento, Luís Roberto Barroso afirmou que não há ilegalidade, mas sim uma questão processual. Rosa Weber também comentou o caso, afirmando não ser possível apresentar habeas corpus no STF questionando decisão de um outro ministro.
Por fim, a informação é que seguiram o entendimento do relator, além de Rosa Weber, a ministra Cármen Lúcia. Com isso, falta apenas o voto de Dias Toffoli, visto que o ministro Alexandre de Moraes se declarou impedido para julgar o pedido, que questiona sua própria decisão.
Assim como publicou o Brasil123, no último dia 26 de outubro, Zé do Trovão se apresentou espontaneamente à Polícia Federal em Joinville, em Santa Catarina, cidade onde vive. Ele estava foragido desde o início de setembro, quando fugiu para o México e passou a viver em um hotel do país até voltar ao Brasil.
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