Preso por destruir relógio de Dom João VI fica calado em depoimento à Polícia Federal

Preso acusado de ter destruído um relógio trazido ao Brasil por Dom João VI, Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, permaneceu em silêncio durante depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (24) em Uberlândia, Minas Gerais. Ele, que foi preso na segunda (23), se encontra no presídio Professor Jacy De Assis, localizado na cidade mineira.

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Antônio Cláudio Alves Ferreira foi flagrado durante os atos de invasão e depredação aos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto – no último dia 08 de janeiro. O relógio de pêndulo é atribuído ao famoso relojoeiro francês Balthazar Martinot.

Hoje, existem apenas dois exemplares: o trazido ao Brasil em 1808 e destruído por Antônio Cláudio Alves Ferreira e outro que está guardado no Palácio de Versalhes, em Paris, na França. Em entrevista ao portal “UOL”, Rogério Carvalho, diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, disse que o valor material do relógio destruído é enorme, mas seu valor histórico e simbólico é ainda maior. Conforme ele, será possível restaurar a peça, mas a eficácia do serviço ainda é incerta.

Nesta terça, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na casa de Antônio Cláudio Alves Ferreira em Catalão, Goiás. Na ocasião, agentes da corporação apreenderam um celular; um veículo e uma caderneta contendo anotações. O homem, que deve ser transferido para Brasília, onde é alvo da Operação Lesa Pátria, está sendo acusado dos seguintes crimes:

  • Abolição violenta do Estado democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado;
  • Associação criminosa;
  • Incitação ao crime;
  • Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
O relógio de pêndulo destruído pelo homem em Brasília é atribuído ao famoso relojoeiro francês Balthazar Martinot. (Foto:reprodução)

Hoje, mais de 900 pessoas continuam presas preventivamente por conta dos atos registrados em Brasília. Na sexta-feira (20), Alexandre de Moraes, ministro do STF, concedeu liberdade para cerca de 460 acusados que, livres provisoriamente, terão que cumprir medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica.

Leia também: Preso, ex-comandante da PM no DF afirma que não houve tentativa para facilitar atos terroristas em Brasília

Alisson Ficher

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