Presidente do PT afirma que não cabe às Forças Armadas fazer avaliação política

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, após a 1ª reunião do conselho político da equipe de transição do governo do presidente eleito, afirmou nesta sexta-feira (11/11) que os comandantes das Forças Armadas não deveriam se posicionar politicamente. Esta manhã, os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica emitiram um comunicado conjunto argumentando que as manifestações contra os resultados das eleições eram legítimas, mas condenaram o “comportamento excessivo” dos manifestantes. 

Defesa da Constituição

Em sua fala, a deputada declarou a necessidade de defender a Constituição e a democracia. Segundo ela, a nota emitida pelo comandante foi um “fato que tende a ser isolado”. “No meu entender, não é papel dos comandantes das Forças Armadas fazer avaliação política, se posicionar politicamente, nem fazer avaliação sobre as instituições republicanas. O direito de manifestação não cabe a quem atenta à Constituição”, disse afirmou Hoffmann. 

No texto, os comandantes criticam integrantes dos Poderes da República que ultrapassam suas funções. “Vejo isso como um fato desses comandantes, desse governo, um fato que tende a ser isolado. Não acredito que a totalidade das Forças Armadas pense assim”, afirmou.

Relação com as Forças Armadas

Hoffman disse que a equipe de defesa de transição deve entrar em contato com o comandante das forças armadas para abordar o processo de transição do governo. Além do comitê político, a transição é composta por 31 núcleos selecionados pela equipe de Lula. A comissão política, liderada por Gleisi, é composta por 14 indicados dos partidos da Aliança Lula (Psol, Rede, PSB, PC do B, PV, Agir, Avante, Pros e Solidariedade), além das siglas associadas: Cidadania, PSD e MDB.

Apoiadores de Bolsonaro repudiam

Aliados do presidente Jair Bolsonaro viram algo suspeito na manifestação das Forças Armadas. Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (11), o deputado federal Marco Feliciano pediu ao Ministério da Defesa que “não fique em cima do muro” e que não brinque com os sentimentos dos manifestantes pró-Bolsonaro, que estão esperançosos em finalmente confirmar a fraude. “Por misericórdia, sejam mais explícitos em suas notas. (Peço) que o ministro da Defesa venha a público e diga com todas as letras o que encontraram nessas benditas urnas eletrônicas. Por favor, não prolonguem mais essa agonia, não brinquem com os sentimentos do povo brasileiro, que é ordeiro e patriota e está nas ruas protestando”, afirmou o deputado.

Por fim, Feliciano disse que a investigação das três Forças Armadas apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ter prazo para começar, e que deverá ser apurado se isso ocorreu antes ou depois da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. 

João Belarmindo

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