A Prefeitura de São Paulo decidiu manter a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção contra Covid-19 em locais públicos. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (14), em coletiva de imprensa virtual.
A gestão municipal chegou a cogitar a flexibilização da regra sobre o uso de máscaras em ambientes abertos sem aglomeração a partir de 15 de outubro, mas voltou atrás após receber críticas de especialistas da área de Saúde.
Em nota, a Prefeitura afirma que não recuou, pois a decisão ainda estava em estudo por parte da área técnica da Secretaria Municipal de Saúde.
Tal estudo ressalta a “importância da manutenção das medidas não farmacológicas de prevenção”, como o uso de máscaras, e ainda destaca a “importância do isolamento do caso e quarentena de contatos próximos para interromper a cadeia de transmissão”.
Conass é a favor da obrigatoriedade do uso de máscaras
Após a divulgação da intenção de desobrigar o uso de máscaras em São Paulo e no Rio de Janeiro, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou uma nota defendendo a obrigatoriedade do uso do equipamento de proteção. O órgão citou exemplos de outros países que tiveram que voltar atrás na decisão.
“É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder”, diz a nota.
Nos Estados Unidos, que chegou a desobrigar o uso de máscaras contra Covid-19 e voltou atrás, a recomendação do CDC (sigla em inglês pra Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) diz que o equipamento de proteção deve ser usado em ambientes internos e em ambientes externos com altos índices de transmissão e com reunião de grande número de pessoas.
A Prefeitura de São Paulo não divulgará uma nova data exata para desobrigar o uso de máscaras em locais públicos ao ar livre.