O prefeito de Nova York (NY), Bill de Blasio, continua a proferir críticas contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). As menções são baseadas na decisão do presidente brasileiro em não se vacinar contra a Covid-19.
Ao que tudo indica, a relação entre os dois no começo foi estável. Mas as provocações começaram após comparações com membros da família real britânica. Tudo começou quando o prefeito de NY postou uma foto ao lado do Príncipe Harry e da esposa dela, Meghan Markle. A legenda dizia: “Não seja um Jair Bolsonaro. Seja Harry e Meghan. Tomem a vacina”.
Para não correr o risco de o post servir apenas como uma carapuça e ser recebido devidamente, o prefeito de Nova York marcou o presidente Jair Bolsonaro na publicação. No início desta semana, Bill de Blasio aproveitou para destacar que se Bolsonaro não se vacinasse ele não precisaria se preocupar em comparecer à NY.
O presidente esteve presente na Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU), e chamou a atenção por ser o único participante não imunizado.
Mas parece que o pensamento de Michelle Bolsonaro, não é tão compatível com o do marido quanto parece. Pelo menos, não no que diz respeito à vacinação, pois a primeira-dama tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19 ainda em Nova York antes de embarcar de volta para o Brasil.
A vacinação foi confirmada pela Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal, que aproveitou para explicar que a imunização aconteceu a convite de um médico norte-americano.
O acompanhamento de Michelle Bolsonaro na viagem com Bolsonaro para NY teve o propósito de cumprir a agenda que trata sobre doenças raras. O convite, aparentemente, foi feito quando a primeira-dama precisou realizar o teste de PCR para Covid-19 e foi questionada se desejava se vacinar.
Em nota, o Governo Federal declarou que, “Como já pensava em receber o imunizante, resolveu aceitar. A primeira-dama reitera a sua admiração e respeito ao sistema de saúde brasileiro, em especial, aos profissionais da área que se dedicam, incansavelmente, ao cuidado da saúde do povo”.
É válido lembrar que a primeira-dama testou positivo para Covid-19 no dia 30 de julho, mas posteriormente, no dia 16 de agosto, apresentou um novo resultado, dessa vez negativo. Questionado sobre o que achava de a esposa ter decidido se vacinar, Bolsonaro apenas disse que opinou na menção feita pela mulher, mas que deixou claro que era uma decisão somente dela.
“Ela é maior de idade, tem 39 anos, sabe o que faz”, completou. Na circunstância de a vacinação contra a Covid-19 avançar no Brasil e for autorizada a atender crianças, Bolsonaro disse que será uma decisão em conjunto com a esposa, Michelle.
Bill de Blasio continua usando o Brasil para promover a campanha contra a Covid-19. Além de Bolsonaro, o prefeito mencionou o descuido de toda a delegação brasileira, neste caso das atitudes do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.