Preços das indústrias extrativas disparam 37,66% em 2021

Os preços das indústrias extrativas brasileiras encerraram outubro com uma leve queda de 2,18% na comparação com o mês anterior. Inclusive, o setor já havia sofrido com um forte tombo em setembro (-16,48%). Embora estes resultados tenham ficado negativos, a variação acumulada pela atividade continua muito expressiva em 2021.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações na última quarta (1º). Aliás, vale ressaltar que os preços das indústrias extrativas dispararam 45,35% em 2020. Já em 2021, a atividade acumula alta de 37,66% entre janeiro e setembro.

Além disso, o IBGE revelou que as indústrias extrativas também registram uma forte variação nos últimos 12 meses, de 33,48%. A propósito, indústrias extrativas são aquelas que extraem matéria-prima da natureza, englobando produção mineral, extração de petróleo e carvão mineral e indústria madeireira.

Em resumo, o resultado dos preços das indústrias extrativas é um dos componentes da taxa geral do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que variou 2,16% em outubro. A saber, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete.

O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas.

Veja o que fez os preços da indústria extrativa caírem no mês

De acordo com o IBGE, a queda dos preços das indústrias extrativas é a segunda consecutiva após três meses de alta. Por isso, a variação acumulada em 2021 continua expressiva. Aliás, as indústrias extrativas acumulavam até agosto o maior avanço entre as atividades pesquisadas pelo IBGE, de 68,49%. No entanto, os resultados de setembro e outubro fizeram o segmento cair para a quarta posição.

Assim, outras três atividades passaram a apresentar uma variação ainda mais expressiva que as indústrias extrativas no ano: refino de petróleo e produtos de álcool (60,38%), outros produtos químicos (52,50%) e metalurgia (45,95%).

Vale destacar que tanto em setembro quanto em outubro deste ano, o principal responsável pelo recuo dos preços das indústrias extrativas é o minério de ferro. A commodity atingiu a mínima do ano em novembro, e os preços do setor podem continuar a trajetória descendente na próxima atualização do IBGE.

Leia Mais: Preços do boi gordo e do frango disparam no país até o 3º trimestre

Ruan Samarone

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