Os preços do petróleo dispararam no mês passado devido à guerra entre Rússia e Ucrânia. Em meados de março, o barril de petróleo chegou a ser comercializado próximo dos US$ 140. Contudo, a commodity vem perdendo força nas últimas semanas e esta realidade fica cada vez mais longe.
A saber, o barril Brent, que é a referência mundial, tombou 3,81% e fechou o pregão desta segunda-feira (11) cotado a US$ 98,27 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, caiu 4,04% na sessão, para US$ 94,29 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Ambos os resultados representam novas mínimas dos preços do petróleo desde 25 de fevereiro, um dia após a invasão da Rússia à Ucrânia. Além disso, é a primeira vez neste período que ambos os barris encerram o pregão abaixo dos US$ 100.
O principal fator que derrubou os preços do petróleo nesta segunda foi o aumento de casos de Covid-19 na China. Em resumo, diversas cidades do país asiático já estão em lockdown para conter a disseminação do coronavírus. Nesta segunda, a cidade de Guangzhou também entrou na lista do confinamento.
A saber, o lockdown na cidade não é tão severo quanto o de Xangai, que está em confinamento desde o final de março. Aliás, a maior cidade chinesa registrou um novo recorde diário de casos de Covid-19 (26 mil).
Este cenário é bem preocupante para o mercado de petróleo, porque a China é o segundo maior consumidor global da commodity. Em outras palavras, quanto maior o número de cidades em lockdown, mais fraca tende a ficar a demanda chinesa por petróleo. E isso faz os preços da commodity despencar.
A expectativa de analistas é que o preço do petróleo continue caindo nos próximos dias, pois a situação da Coivd-19 na China preocupa. Resta saber se estas quedas farão a Petrobras reduzir o preço da gasolina e do diesel, já que os combustíveis ficaram mais caros no mês passado justamente por causa da disparada do preço internacional do petróleo.
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