Pré-candidatos ao governo de Minas, Zema e Kalil trocam farpas em evento

Primeiro e segundo nas pesquisas de intenções de voto para o governo de Minas Gerais, o governador do estado, Romeu Zema (Novo), e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), subiram o tom e trocaram farpas durante o 38º Congresso Mineiro de Municípios, realizado na quinta-feira (02).

Os atritos entre os dois começaram um dia antes quando, durante participação em um podcast, Alexandre Kalil disse que Romeu Zema era um “débil mental”. Na quinta, o governador lembrou da ofensa e desafiou o ex-prefeito.

“Eu desafio ele a fazer um teste de QI. Talvez se eu seja, ele é muito mais então”, disse o representante do Novo, que hoje aparece bem à frente nas pesquisas, com 48% das intenções, contra 35% de Alexandre Kalil. Isso, segundo o levantamento da Paraná Pesquisas, divulgado no começo da semana.

Por outro lado, Alexandre Kalil usou parte de seu tempo no evento para pedir que Romeu Zema não falasse sobre sua vida pessoal em pré-campanha. “E eu quero pedir duas gentilezas públicas ao governador: que ele nunca mais cite o nome do meu pai, em nenhuma entrevista dele. E que nunca mais fale da minha vida privada em nenhuma entrevista dele”, afirmou.

O pedido de Alexandre Kalil aconteceu porque, em uma entrevista ao jornal “O Globo”, também na quinta, Romeu Zema diz que o adversário “não tem luz própria”. “Ele precisou do pai para se promover e quebrou a empresa do pai. Depois, precisou do Atlético Mineiro. Ganhou um título, mas, depois que saiu, o time melhorou muito”, disse ele.

Hoje, o governador Romeu Zema aparece bem à frente nas pesquisas, com 48% das intenções, contra 35% de Alexandre Kalil. (Foto: reprodução)

Mais críticas

Ainda no evento, Alexandre Kalil criticou a atuação de Romeu Zema no combate à pandemia. “Não fizemos hospital de Campanha e fomos a capital com mais de 1,5 milhão de habitantes que menos matou durante a pandemia”, começou ele.

“Não compramos um respirador. Porque quem cuida de gente é gente, não é concreto, não é hospital e não é aparelho. O foco está errado”, disse o ex-prefeito em alusão à declaração de Romeu Zema, que afirmou recentemente que iria terminar a construção de hospitais regionais até o final deste ano.

Hoje, Romeu Zema e Alexandre Kalil representa uma disputa, de certa forma, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL). Isso porque, enquanto o petista já anunciou que apoiará o ex-prefeito, Bolsonaro revelou, na semana passada, que espera que Romeu Zema, um dos únicos que não o criticou por conta de suas ações durante a pandemia, continue à frente do estado de Minas Gerais.

Leia também: ‘Está tendo medidas arbitrárias’, diz Bolsonaro sobre o TSE

Alisson Ficher

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