A Polícia Civil pediu, na sexta-feira (10), a prisão preventiva do dono da fazenda Água Sumida, de Brotas, no interior de São Paulo. Foi lá que mais de mil búfalos foram encontrados em situação de maus-tratos, no início de novembro deste ano.
Em nota, a corporação relatou que o pedido de prisão para Luiz Augusto Pinheiro de Souza foi feito com base no laudo preliminar feito por peritos da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp).
No documento em questão, os profissionais apontaram que “o fazendeiro agiu de forma negligente ao não demostrar preocupação com seu rebanho, com os rebanhos vizinhos, com a saúde pública, poluição ambiental e a fauna nativa”.
O fazendeiro até chegou a ser preso, isso no começo de novembro. Todavia, ele acabou sendo liberado após ter pago uma fiança no valor de R$ 10 mil. Hoje, de acordo com a Polícia Civil, ele já tem em seu nome multas que somam mais de R$ 4 milhões.
Agora, o pedido de prisão em desfavor do fazendeiro foi encaminhado ao Ministério Público (MP), que analisará o documento e irá decidir se pede ou não a prisão de Luiz Augusto para a Justiça.
Em nota, após a notícia do pedido de prisão da Polícia Civil ter vindo à tona, a defesa do fazendeiro afirmou ter recebido com surpresa a solicitação para que ele seja capturado. Por conta disso, os defensores do suspeito afirmaram que vão entrar “com um pedido defensivo à Justiça”.
Entenda o caso dos búfalos
O caso dos búfalos foi registrado em novembro após uma denúncia. Ao chegar no local, agentes encontraram 22 carcaças de búfalos enterradas, além de centenas de animais com fome, sem água ou alimentos, em situação de abandono.
De acordo com as informações, eram 335 vacas e 332 bezerros, todos do gênero bulalus (búfalo-asiático), que estavam confinados em um pequeno espaço de uma Área de Preservação Ambiental da fazenda, visto que grande parte do pasto havia sido arrendada para uma plantação de soja. O relatório das universidades mostrou que os animais passaram até 30 dias sem receber comida.
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