PIX: Cobrar ou não cobrar? Entenda a polêmica

O Pix está causando polêmica devido às taxas cobradas para transações de pessoas jurídicas (PJs). Alguns bancos já estão cobrando por esses serviços do Pix para empresas. Porém, o governo federal interveio e temporariamente suspendeu essa cobrança para a Caixa Econômica Federal.

Entenda melhor sobre essa polêmica a seguir.

Anúncio da Caixa

A Caixa Econômica Federal tinha anunciado que iria começar a cobrar taxas pelo uso do Pix para suas empresas clientes a partir de 19 de julho.

No entanto, devido à reação negativa, o Palácio do Planalto pediu que essa medida fosse suspensa até o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em viagem à Europa.

Veja também: Decisão da Caixa Econômica Federal deixa brasileiros preocupados

Tarifas no Pix

Por outro lado, observa-se que o Banco do Brasil, Santander, Bradesco e Itaú já estão instituindo a cobrança de tarifas nas transações efetuadas por pessoas jurídicas (PJs) por meio do sistema Pix.

Contudo, vale ressaltar que essa cobrança não é algo novo. Desde o lançamento do Pix em 2020, o Banco Central permite que sejam cobradas tarifas para PJs. Porém, pessoas físicas não são cobradas.

As regras estão definidas na resolução BC nº 30/2020. As instituições financeiras têm a opção de cobrar tarifas das PJs em transferências e compras via Pix, além de serviços relacionados às transações.

Bancos podem escolher

Como os bancos lidam com o Pix tem gerado discussões sobre os impactos para os usuários e o mercado em geral.

Assim, enquanto algumas instituições como Nubank, C6 e Inter optam por não cobrar tarifas de seus clientes, outras escolhem cobrar em certas operações.

Por exemplo, o Banco do Brasil cobra 0,99% do valor da transação para transferências e pagamentos via QR Code.

O Santander está cobrando taxas de 1,4% para envios de Pix feitos por pessoas jurídicas (PJs), R$ 6,54 para recebimentos via QR Code e 1,4% sobre o valor recebido em transações feitas por meio de Checkout ou GetNet.

Já no caso do Bradesco, eles cobram 1,4% sobre o valor das transações feitas por Pix QR Code e transferências, além de R$ 2,5 para Pix Saque e Pix Troco, aplicáveis a Empresários Individuais (EI e MEI).

O Mercado Pago adota tarifas variáveis, que vão de 0,49% a 0,99% do valor processado, para transações envolvendo QR Code Dinâmico, maquininha de cartão Point, checkout em e-commerce e link de pagamento. No entanto, não são cobradas taxas de pessoas jurídicas para transferências Pix feitas no aplicativo ou site do Mercado Pago.

Já o Itaú cobra 1,45% do valor da transação em transferências, 1,3% do valor da transação em maquininhas ou QR code estático, sem valor mínimo e com um limite máximo de R$ 150,00, e R$ 5,50 por recebimento de Pix via boleto.

Veja também: Banco Central apresenta a criação do Pix Automático para transações recorrentes

Comparando taxas do Pix

Com tantas tarifas diferentes, é importante que os usuários fiquem atentos às políticas das instituições financeiras ao usar o Pix.

Sendo assim, é recomendável comparar as taxas cobradas por diferentes bancos e fintechs. É também importante considerar o modo como você usa o serviço e suas necessidades individuais.

Além disso, é essencial que as instituições financeiras e as autoridades reguladoras acompanhem o impacto dessas tarifas na inclusão financeira e na competitividade das empresas.

Assim, é importante equilibrar a cobrança de tarifas e a disponibilidade de serviços acessíveis para garantir que o sistema de pagamentos seja eficiente e transparente.

Desafios

A cobrança de tarifas do Pix para empresas está gerando discussões sobre como isso afeta as pequenas e médias empresas. Enquanto alguns bancos já estão cobrando pelos serviços do Pix para pessoas jurídicas (PJs), outros optaram por isentar seus clientes ou estabelecer taxas diferentes.

Essa diversidade de abordagens gera preocupações sobre os custos extras para os usuários, possíveis mudanças de comportamento e uma eventual redução da popularidade do Pix. Além disso, encontrar um equilíbrio entre a sustentabilidade dos serviços financeiros e a acessibilidade para as empresas que dependem do Pix em suas operações diárias é um desafio.

Por isso, é importante que os usuários estejam atentos às políticas das instituições financeiras e comparem as taxas para fazer escolhas mais adequadas.

Veja também: Pix automático? Entenda o que é, e quando estará disponível!

Izabella Gramacho

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