O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 1,6% no segundo trimestre de 2021 em dado ajustado. A saber, o avanço superou a projeção do escritório de estatísticas do país, que indicava uma alta de 1,5%. Além disso, a alta ocorreu após a contração de 2% no primeiro trimestre deste ano.
Aliás, na comparação interanual, com o mesmo trimestre de 2020, o crescimento do PIB chegou a expressivos 9,4% em dado ajustado ao calendário. Agora, a atividade econômica do país se encontra 3,3% abaixo do nível registrado no quarto trimestre de 2019, antes da pandemia da Covid-19, decretada em março de 2020.
Por falar nisso, as medidas restritivas adotadas nos primeiros meses deste ano afetaram a retomada econômica da Alemanha. No entanto, o avanço da vacinação no país permitiu o abrandamento das restrições, impulsionando a recuperação da maior economia da Europa.
A propósito, o escritório de estatísticas alemão divulgou os dados nesta terça-feira (24). De acordo com o órgão, o PIB da Alemanha foi impulsionado pelo aumento do consumo das famílias, que havia afundado no primeiro trimestre, e pelos gastos públicos, que também cresceram no período.
Aumento do consumo das famílias fortalece economia da Alemanha
Em suma, o crescimento do PIB alemão aconteceu por causa do avanço de 3,2% do consumo privado entre abril e junho deste ano. Dessa forma, contribuiu com 1,6 ponto percentual para a alta geral do PIB. Aliás, a taxa de poupança caiu para 16,3% no período, indicando maior ímpeto das famílias a ir às compras.
Vale ressaltar que, no primeiro trimestre, quando a Alemanha estava adotando diversas medidas restritivas para conter a disseminação da Covid-19, o percentual da poupança atingiu um patamar recorde de 22%.
Já o consumo público cresceu 1,8% no trimestre, contribuindo com 0,4 ponto percentual para o avanço do PIB no período. Por sua vez, os gastos estatais, impulsionados por novos empréstimos para o enfrentamento da pandemia, geraram um rombo de 80,9 bilhões de euros nas finanças públicas da Alemanha no primeiro semestre de 2021, segundo a agência de estatísticas.
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