Parece que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) não vai mesmo depor ao Supremo Tribunal Federal (STF). Um parecer enviado ao Tribunal pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quinta-feira (03) defendeu que o chefe do poder executivo federal tem o direito de desistir do próprio depoimento no inquérito que investiga uma suposta interferência dele na Polícia Federal (PF).
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“Inexiste razão para se opor à opção do Presidente da República, Jair Bolsonaro, de não ser interrogado nos presentes autos, seja por escrito, seja presencialmente. Na qualidade de investigado, ele está exercendo, legitimamente, o direito de permanecer calado”, afirmou no documento o procurador-geral da União, Augusto Aras.
Relembre o caso envolvendo Bolsonaro
A desistência de Bolsonaro de depor ao STF foi informada pela Advocacia-Geral da União (AGU) no último dia 26. A decisão veio porque o governo tentava uma autorização para que Bolsonaro pudesse apresentar um depoimento por escrito em vez de comparecer presencialmente ao tribunal.
O documento de hoje enviado pela PGR foi apresentado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a suposta interferência. Agora, Moraes deve decidir se atende à dispensa do depoimento e manda o inquérito, que foi prorrogado por 60 dias, para que a Polícia Federal conclua as investigações.