A Polícia Federal (PF) revelou nesta sexta-feira (25) que instaurou um inquérito que tem como objetivo apurar as suspeitas de que pode ter havido um suposto favorecimento ilegal em repasses de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC).
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O inquérito foi aberto a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), que enviou para a corporação o resultado de uma sindicância interna feita por técnicos do órgão. Esses profissionais constataram supostas fraudes na distribuição de verbas da Educação.
Segundo a CGU, o órgão recebeu duas denúncias sobre o MEC. Uma, apontou a entidade, “se tratava de possíveis irregularidades que estariam ocorrendo em eventos realizados pelo ministério”. Já a outra denúncia trata sobre um suposto oferecimento de vantagem indevida, por parte de terceiros, para a liberação de verbas no âmbito FNDE.
Com o pedido da CGU, ficará a cargo da PF apurar o caso, sendo que as provas que forem levantadas poderão embasar uma abertura de ação na Justiça. Esse foi o primeiro inquérito que apura as denúncias de que houve repasses indevidos de verbas do Ministério da Educação.
Nos próximos dias, uma outra investigação deverá começar na PF. Isso porque, como publicou o Brasil123, a ministra Cármem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República, autorizou a abertura de um inquérito sobre o caso.
Crise no Ministério da Educação
Toda essa crise no Ministério da Educação começou ainda na semana passada, quando o jornal “O Estado de S. Paulo” apontou a existência de um “gabinete paralelo” de pastores que controlaria verbas e a agenda do MEC.
Nesta semana, no entanto, tudo piorou. Isso porque o jornal “Folha de S. Paulo” divulgou um áudio de Milton Ribeiro, ministro da Educação, afirmando que repassa verbas a municípios apontados por pastores.
Nessa gravação, o chefe da pasta ainda afirmou que essa medida foi tomada para atender um pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Na quinta, Bolsonaro afirmou que o ministro está sendo vítima de uma “covardia”.
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