A Polícia Federal (PF) deflagrou, na sexta-feira (05), duas operações que tiveram o intuito de desarticular esquemas criminosos voltados para a prática de fraudes em contas eletrônicas mantidos pela Caixa Econômica Federal.
Em nota, a PF revelou que as operações em questão foram a Fraudcard e a Empório da Fraude. Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária. Essas ordens foram executadas na capital de São Paulo e nos seguinte municípios paulistas: Jundiaí, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Santa Isabel.
Além disso, a PF também revelou que foi decretada a quebra de sigilos de dados dos investigados e sequestro de bens. “As ações são desdobramentos da força-tarefa Tentáculos, instituída para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas e que envolve a cooperação entre a Polícia Federal e instituições bancárias”, informou a PF.
As investigações da PF
Ainda conforme a corporação, a Operação Fraudcard começou depois que a Polícia Federal recebeu informações encaminhadas pela Caixa, noticiando a existência de 128 contas fraudadas entre julho de 2019 e janeiro de 2020.
“O esquema criminoso era praticado através da alteração de endereços de correntistas, seguida da solicitação de segunda via dos cartões bancários, que, então, eram entregues em endereços pertencentes aos próprios investigados ou pessoas a eles relacionadas”, detalhou a Polícia Federal.
Uma vez desbloqueados, informa a PF, os cartões eram utilizados em maquinetas registradas em nome dos próprios envolvidos ou de terceiros. “Elas permaneciam na posse dos investigados e no comércio formal”, completou o órgão federal.
Por outro lado, a Operação Empório da Fraude começou, segundo a corporação, por conta da análise de informações inseridas na Base Nacional de Fraudes Bancárias Eletrônicas, onde foram constatadas fraudes em contas bancárias por meio de aplicativo da Caixa.
“Os investigados conseguiam alterar os endereços das vítimas, substituindo-os por endereços próprios ou de terceiros”, publicou a Polícia Federal, que ainda completou informando que, posteriormente, os criminosos também solicitaram a segunda via dos cartões e, após seus recebimentos, realizavam transações em estabelecimentos comerciais.
Os trabalhos investigativos identificaram a realização de 64 transações fraudulentas no período compreendido entre janeiro a outubro de 2020, causando um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões.
“O valor do prejuízo pode ser superior, o que será objeto de apuração com a análise dos materiais apreendidos”, informou a PF, que finaliza explicando que os crimes apurados são os de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica.
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