O corpo do jovem Gabriel Vila Real da Rocha, de 17 anos, foi encontrado nesta quinta-feira (24). Ele é um dos que desapareceram após o ônibus em que ele estava ser literalmente engolido durante a tragédia de Petrópolis, cidade localizada na região Serrada do Rio de Janeiro.
A informação foi revelada após a conclusão da perícia, dez dias da pior chuva na cidade desde 1932 – mais de 200 pessoas morreram e 48 continuam desaparecidas na região tomada pela água.
Em entrevista ao “RJ1”, da “TV Globo”, o pai do jovem, Leandro Rocha, que participou incansavelmente das buscas, agradeceu a Deus por seu filho ter sido encontrado e fez um apelo para que as buscas continuem e todos possam se despedir de seus entes queridos.
“Queria agradecer primeiro a deus porque nós encontramos meu filho. Queria deixar uma mensagem, também, de que não parassem com as buscas dos que ainda estão desaparecidos. Eu encontrei meu filho e tem muitos aí ainda com a esperança de encontrar os seus”, disse o homem.
Família participou das buscas
O corpo do jovem foi encontrado no rio onde o ônibus foi levado pela água. De acordo com as informações, desde o desastre climático em Petrópolis, a família do estudante, com a ajuda de voluntários, não parou de tentar encontrar o rapaz.
Na segunda-feira (21), por exemplo, assim como publicou o Brasil123, os envolvidos na caçada pelo jovem encontrado um dos pés do tênis usado por Gabriel no dia do acidente. Na ocasião, o pai do jovem disse que o calçado foi encontrado após uma retroescavadeira ter retirado algumas árvores perto do rio.
Jovem estava no ônibus arrastado
Gabriel foi uma das pessoas que foram arrastadas pela força da água, que literalmente engoliu o ônibus de transporte público em que ele e outras vítimas estavam. Na ocasião, o fato foi gravado e causou perplexidade por conta da força da água.
Foram por essas imagens que a família de Gabriel soube que o jovem estava no local. Isso porque o vídeo mostra ele tentando se salvar enquanto o automóvel afundava e ia em direção ao rio da região.
No final de semana, agentes do Corpo de Bombeiros não puderam trabalhar, pois as chuvas voltaram à região. Até o momento, já são ao menos 180 mortes por conta da chuva que atingiu Petrópolis na semana passada.
Esse número de mortes é o maior já registrado na história da cidade. Anteriormente, o triste recorde havia sido relatado em 1988, quando outra chuva culminou na morte de 171 cidadãos da cidade carioca.
Leia também: Aluno esfaqueia diretora de escola no interior de São Paulo; Veja o vídeo