As tensões globais continuam impulsionando os preços do petróleo no planeta. Na sessão desta quarta-feira (26), a commodity registrou mais um forte avanço em meio ao aumento das preocupações com uma iminente invasão da Rússia à Ucrânia.
Vale destacar que o petróleo encerrou 2021 com uma alta superior a 50%, em relação a 2020. Já em 2022, as principais referências de petróleo estão com ganhos superiores a 14% em menos de um mês. Ou seja, o impulso observado no ano passado não ocorreu apenas devido ao tombo de 2020 por causa da pandemia da Covid-19.
Nesta quarta, os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, saltaram 1,80%. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 88,74 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, dispararam no pregão (+2,04%). Assim, o barril subiu para US$ 87,35 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
A saber, o petróleo Brent chegou a tocar US$ 90 por barril no pregão de hoje. Essa foi a primeira vez em sete anos que isso ocorreu. A última vez que a referência alcançou essa marca foi em 2014.
Tensão global segue impulsionando preços do petróleo
No pregão de hoje, os investidores ficaram ainda mais apreensivos com as tensões vindas do leste europeu. Muitos temem os impactos que a invasão da Rússia à Ucrânia podem provocar no setor energético global. A situação poderia resultar em interrupções, mas o mercado segue bastante restrito.
Por falar nisso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) não está conseguindo manter o nível de expansão da sua produção do petróleo. Os analistas acreditam que a oferta restrita não conseguirá acompanhar a demanda global, mesmo com o aumento da produção.
Conflitos no Oriente Médio também estão ajudando a impulsionar o preço do petróleo, visto que a região possui alguns dos principais produtores mundiais da commodity. Em suma, já houve ataque de combatentes Houthi do Iêmen aos Emirados Árabes Unidos. Isso sem falar nos recentes protestos violentos ocorridos no Cazaquistão.
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