Pesquisa do Datafolha revela que 45% dos brasileiros têm contas em atraso

Uma pesquisa do Datafolha, divulgada na última segunda-feira (20), revelou que 45% dos brasileiros têm contas em atraso. Esse mesmo levantamento também mostrou que 69% dos cidadãos do país acreditam que a situação econômica do país piorou nos últimos anos.

De acordo com a pesquisa, 25% dos entrevistados afirmaram possuir dívidas com cartão de crédito. Em seguida, apareceram contas de luz e de água, citadas por 22% e 16% das pessoas, respectivamente. Com taxas um pouco menores, ficaram aluguel ou prestação de imóvel (11%), gás de cozinha (8%), mensalidade de escola ou faculdade (6%), prestação de automóvel ou motocicleta (6%) e plano de saúde (5%).

Já em relação às regiões do país, a taxa mais elevada foi registrada no Norte/Centro-Oeste, onde 53% dos cidadãos afirmaram ter contas em atraso. Segundo a pesquisa, as taxas das outras regiões foram as seguintes: Nordeste (48%), Sudeste (42%) e Sul (36%).

Levantamento da CNC mostra que 72,9% das famílias têm alguma dívida

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que 72,9% das famílias do país estavam endividadas em agosto de 2021. Esse é o maior nível já registrado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, iniciada em 2010. A taxa ficou 1,5 ponto percentual maior que a registrada em julho (71,4%).

“As fragilidades no mercado de trabalho formal e o avanço no setor informal, com elevado nível de desocupação, e a inflação elevada estão contribuindo para a maior contratação de dívidas pelas famílias. Outros fatores como as taxas de juros ainda relativamente baixas e mudanças do comportamento dos consumidores também vêm influenciando a maior contratação de crédito e, consequentemente, o endividamento no país”, disse a CNC.

Por fim, vale destacar que a pandemia da Covid-19 exerce bastante influência nesse cenário. A saber, a crise sanitária afetou diversas atividades econômicas em todoo o planeta. Além disso, eliminou milhões de vagas de emprego e empurrou milhões para a pobreza.

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